A incorporadora imobiliária China Evergrande disse nesta segunda-feira (16) que a PwC (PricewaterhouseCoopers), sua auditora, renunciou por discordâncias sobre o cronograma e o escopo do trabalho em torno do status para o ano fiscal de 2021.
A PwC é também a firma responsável pela auditoria independente da varejista Americanas, que na semana passada anunciou um rombo contábil de R$ 20 bilhões.
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Outrora a maior incorporadora da China, a Evergrande agora está no centro da crise imobiliária do país. Sua dívida offshore de US$ 22,7 bilhões, incluindo empréstimos e títulos privados, é considerada inadimplente depois de a empresa deixar de pagar no fim do ano passado.
Em sua carta, a PwC observou que não havia recebido informações sobre certos assuntos relevantes ligados às demonstrações financeiras consolidadas do grupo para 2021.
A Evergrande, que tem lutado para levantar fundos para pagar credores, está no meio de um processo de reestruturação de dívidas, no qual as partes interessadas aguardam a conclusão de seu balanço financeiro auditado para 2021.
A PwC também sinalizou que o grupo não havia liquidado certos passivos remunerados com vencimentos em 2021, acrescentando que não recebeu detalhes relevantes sobre a investigação conduzida por um comitê independente.
Certas projeções de fluxo de caixa para pelo menos 12 meses a partir de janeiro de 2022, incluindo valor realizável de propriedades em desenvolvimento e concluídas mantidas para venda em 31 de dezembro de 2021, não foram divulgadas, disse a PwC.
A Evergrande decidiu nomear a Prism Hong Kong and Shanghai como novo auditor, levando em consideração a recomendação do comitê de auditoria da empresa.