Em agosto de 2011, Lawrence Epstein, vice-presidente sênior do UFC Global, presenciou pela primeira vez um combate no octógono realizado no Brasil. A luta foi no Rio de Janeiro, e Epstein diz ter ficado muito impressionado com o que viu. Não só na disputa entre os lutadores, mas também devido à participação do público. “O barulho me surpreendeu, as pessoas eram incrivelmente animadas”, diz ele em uma entrevista exclusiva à Forbes Brasil.
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Hoje (21), Epstein terá a oportunidade de repetir a experiência. Devido à pandemia, os eventos estavam suspensos – o último card havia sido realizado em março de 2020. Na noite de hoje, haverá a disputa pelo título vago na categoria meio-pesados (até 92,9 quilos) entre os lutadores Glover Teixeira e Jamahal Hill, entre 16 outras disputas. As primeiras lutas serão transmitidas pela televisão aberta, mas os combates principais serão transmitidos pelo serviço de streaming do UFC, que foi lançado no Brasil.
Segundo Epstein, as perspectivas são positivas no País. Sem divulgar números, ele diz que o Brasil está entre os cinco principais mercados do UFC em todo o mundo, e as projeções são de crescimento. “O Brasil sempre foi um celeiro de grandes atletas e é muito relevante para o negócio”, diz ele.
O UFC tem características capazes de atrair um público crescente. “Sou um grande fã de esportes, mas nada me anima mais que o UFC, pois é um esporte dinâmico, surpreendente, em que sempre ocorre algo inesperado”, diz o executivo.
Segundo ele, as carreiras dos atletas permitem um engajamento muito grande do público. Epstein avalia que a adaptação do serviço, com legendas e gráficos em português, vai facilitar a expansão não apenas no País como em outros mercados. “Nós vemos a possibilidade de um crescimento relevante das receitas em todas as áreas nas quais monetizamos conteúdo”, diz ele. “Temos vários patrocínios, marcas brasileiras e marcas globais com presença no Brasil.” E a customização do conteúdo garante uma participação maior no mercado.