As ações europeias caíram nesta terça-feira (28) depois que dados da França e da Espanha apontaram que a inflação está mais rígida do que o temido, mas ainda assim encerraram seu segundo mês consecutivo em alta, apoiadas por fortes ganhos nas ações de bancos, que são sensíveis aos juros.
O índice STOXX 600 caiu 0,3%, após fechar em forte alta na sessão anterior.
A alta dos preços dos alimentos elevou a taxa de inflação em 12 meses na França para 7,2% em fevereiro, de 7% no mês anterior.
Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram
Na Espanha, os preços ao consumidor subiram 6,1% em fevereiro em relação ao ano anterior, acima de um aumento de 5,9% nos 12 meses até janeiro.
Os investidores esperam que o BCE eleve os juros em 50 pontos-base em sua próxima reunião de março, elevando sua taxa para 3%. Os juros devem atingir um pico de 4% em julho.
Todos os olhos estão agora voltados aos dados preliminares da inflação dos preços ao consumidor da zona do euro para fevereiro, que serão divulgados na quinta-feira (2).
Um aumento nos rendimentos dos títulos governamentais da zona do euro também pressionou as ações. O rendimento do título de 10 anos da Alemanha , referência do bloco, atingiu seu nível mais alto desde 2011.
As ações de bancos , que tendem a se beneficiar de um ambiente de juros altos, subiram 1,4% e atingiram brevemente seu nível mais alto desde 2018, também ajudando a manter o índice IBEX da Espanha em alta.
O índice STOXX 600 registrou seu pior declínio semanal neste ano na última sexta-feira (24), impulsionado por temores de que os bancos centrais dos Estados Unidos e da zona do euro elevarão os juros ainda mais para conter a inflação persistente.
O índice ainda registrou seu quarto mês positivo em cinco, encerrando fevereiro com alta de 1,7%.