Os fundos de investimento fecharam janeiro com um saldo negativo de R$ 24,6 bilhões. Trata-se do terceiro mês consecutivo em que a indústria ficou no vermelho. Em novembro e dezembro as saídas líquidas foram de R$ 13,1 bilhões e R$ 30,4 bilhões, respectivamente. No acumulado deste período, os resgates somam R$ 168,1 bilhões.
Os dados são do Boletim de Fundos de Investimento divulgado hoje (8) pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
“O resultado sugere que os investidores estão com uma maior aversão ao risco e priorizando estratégias mais conservadoras, sobretudo diante da expectativa de que a taxa de juro possa permanecer no patamar atual [13,75%] por mais tempo”, comenta Pedro Rudge, vice-presidente da Anbima.
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No mês passado, apenas três classes de fundos registraram captação líquida positiva. Os fundos de renda fixa, com entrada líquida de R$ 11,4 bilhões, os fundos de previdência, que fecharam o mês com saldo positivo de R$ 321 milhões, e os FIPs (Fundos de Investimento em Participações), com ganhos de R$ 80,1 milhões.
Por outro lado, os multimercados lideram o movimento de saída, com perda de R$ 17,6 bilhões. Os fundos de ações também tiveram mais saídas do que entradas, terminando o mês com saldo negativo de R$ 9,2 bilhões.
Os fundos cambiais, os ETFs e os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) fecharam janeiro com saldo negativo de R$ 164,3 milhões, R$ 3,9 bilhões e R$ 5,6 bilhões, respectivamente.