A Veloe, empresa de soluções em mobilidade idealizada em parceria pela Alelo, Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4), encerrou 2022 com um crescimento de 56% em relação ao ano anterior, atingindo um faturamento de R$ 4,6 bilhões no período.
De acordo com a companhia, parte do crescimento pode ser explicado pelo aumento de 62% na receita com gestão de frotas. Segundo projeções da Veloe, o setor movimenta cerca de R$ 365 bilhões por ano. “Apesar do mercado enorme, apenas cerca de 15% das empresas utilizam soluções de gestão de frotas, o que mostra o potencial desse mercado”, diz André Turquetto, diretor-geral da Veloe. “Essas soluções podem ajudar a reduzir gastos e a melhorar o controle da operação, veículos e motoristas.”
Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram
Em pessoas físicas, a empresa tem 2,5 milhões de tags ativas, crescimento de 33% ante 2021. “Os números posicionam a Veloe como vice-líder de um mercado cada vez mais concorrido”, afirma Turquetto. “Hoje, temos mais de 15% do market share e temos a ambição de ser a melhor e mais completa solução de mobilidade no mercado.”
Além do aumento no número de tags, a Veloe informou que viu sua base de parceiros crescer em 2022, atingindo 1,4 mil estabelecimentos ao portfólio dos clientes, entre eles 26 aeroportos em todo o país.
Free Flow
Para 2023, a Veloe está apostando suas fichas no novo sistema de pedágios das estradas brasileiras, o Free Flow. A novidade, que na tradução literal significa livre fluxo, representa um novo sistema de cobrança sem cancela, que identifica os veículos por meio de tecnologias como das tags e possibilita o pagamento proporcional à quilometragem percorrida de ponta a ponta.
O sistema, que já é utilizado na Europa e nos Estados Unidos, permitirá que o motorista mantenha a velocidade da via, sem a necessidade de desacelerar para passar em pedágios, como acontece hoje nos serviços de tags.
Para a Veloe, a novidade é uma oportunidade imensa de crescimento. “O novo modelo deve gerar uma alta de procura pelo pagamento automático nos pedágios, principalmente em razão das facilidades atreladas ao uso da tag no sistema Free Flow, tanto no pagamento, quanto nos serviços”, diz o superintendente de operações da Veloe, Alexandre Fontes. “Vale lembrar que 50% da frota nacional de veículos utiliza tags de passagem automática nas praças físicas de pedágio, o que nos indica um enorme potencial para o free flow.”
As primeiras experiências em território brasileiro acontecem na BR-101, a Rio-Santos, nos trechos de Itaguaí, Mangaratiba e Paraty. Neles, foram instalados os pórticos e a previsão é que a cobrança passe a valer em março.
Contando com o crescimento em sua base, a Veloe vem investindo no aperfeiçoamento de seu time interno para encarar as novas demandas. “Estamos estruturando procedimentos internos e investindo em treinamentos para adaptarmos nossos times às novas demandas do free flow”, diz Fontes. “Junto com o modelo de pagamento, sairá na frente quem souber trabalhar bem tanto a comunicação sobre os benefícios do serviço, quanto o pós-venda.”
Além do novo serviço, a marca afirmou que está apostando no lançamento de novos produtos e serviços em 2023 para trazer novas fontes de receita para a companhia.