A maior cervejaria da América Latina, Ambev (ABEV3), teve lucro líquido de cerca de R$ 5 bilhões no quarto trimestre de 2022, alta de 35,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior, impulsionado por crescimento de volumes vendidos no Brasil enquanto em outras regiões a empresa amargou recuo.
A companhia projetou para este ano um crescimento de entre 6% e 9,9% no custo por hectolitro de produtos vendidos nas operações de cerveja no Brasil, uma desaceleração ante crescimento de 19% apurado em 2022, segundo balanço divulgado na madrugada de hoje (2).
“Esperamos que nosso crescimento da receita seja mais impulsionado pelo desempenho da receita líquida por hectolitro do que pelo volume”, afirmou a Ambev no balanço.
A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado avançou 4,8% sobre o quarto trimestre de 2021, para R$ 7,1 bilhões, com a margem passando de 30,8% para 31,3%. Em 2022, o crescimento orgânico do Ebitda ajustado foi de 17,1% e a empresa afirmou que pretende superar este desempenho em 2023.
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Analistas, em média, esperavam lucro de R$ 4,22 bilhões e Ebitda de R$ 6,77 bilhões para a Ambev para o quarto trimestre, segundo dados da Refinitiv.
A empresa vendeu 4% mais cerveja no Brasil nos três últimos meses do ano passado, focando em marcas premium em um período marcado por eventos como a Copa do Mundo. Enquanto em mercados na América Central, do Sul e no Canadá a Ambev sofreu quedas de 13,4%, 1,6% e 5,4% respectivamente, pressionada atuação da concorrência, inflação e mau tempo, segundo o balanço.
No total, a Ambev teve alta de 1,5% nos volumes vendidos no quarto trimestre, enquanto a receita líquida avançou 3,1%, para R$ 22,7 bilhões. O mercado esperava faturamento de R$ 23,36 bilhões, segundo a Refinitiv.
O custo de produtos vendidos por hectolitro em cerveja no Brasil, excluindo depreciação e amortização, foi de R$ 186,1 no quarto trimestre, expansão anual de 18,3%.