Planta da CSP no Ceará: a apenas 10 quilômetros do terminal portuário do Pecém
A siderúrgica de capital indiano ArcelorMittal Brasil anunciou hoje (9) a conclusão de sua aquisição de todo o capital da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), localizada no Ceará. Anunciado em 22 de julho de 2022 e sujeito à aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), o negócio foi uma transação de US$ 2,2 bilhões (R$ 11,26 bilhões).
O capital da CSP pertencia à Vale (VALE3), com 50%. Os 50% restantes pertenciam a dois grupos siderúrgicos da Coreia do Sul, a Dongkuk, com 30%, e a Posco, com 20%. Segundo o Cade, a ArcelorMittal justificou a operação pela possível ampliação de sua capacidade de produzir placas de aço.
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No Brasil, a companhia produz principalmente itens como chapas zincadas para a indústria automotiva e de autopeças, arames e vergalhões para a construção civil e placas para tubos. Companhia de capital fechado, a empresa informou em seu relatório de sustentabilidade de 2021, o mais recente disponível, que naquele ano produziu 12,5 milhões de toneladas de aço bruto e vendeu 14,1 milhões de toneladas de produtos. A receita foi de R$ 69 bilhões, e a companhia empregava 16 mil funcionários.
Segundo um comunicado da empresa, a CSP opera um alto-forno com capacidade de 3 milhões de toneladas. Fica a dez quilômetros do Porto de Pecém, um porto de águas profundas de grande escala. A Arcellor Mittal informou que a “aquisição oferece sinergias operacionais e financeiras significativas e potencial para expansão”, tanto na produção de placas quanto na laminação e no acabamento.
Outra vantagem é o potencial da CSP de operar com menor emissão de carbono, dada a capacidade de geração de energia solar e eólica no Ceará. O setor siderúrgico é intensivo no uso de eletricidade.
