Nesta quinta-feira (30), o Ibovespa teve uma alta de 1,89% a 103.713,45 pontos, totalizando um volume financeiro de R$ 23,8 bilhões. Sendo a quinta alta consecutiva, o pregão foi sustentado pela divulgação do novo arcabouço do governo. A regra fiscal agora terá uma trava para impedir que os gastos federais cresçam mais do que a arrecadação, mas contará também com um limite mínimo para a evolução das despesas, de acordo com documento divulgado pelo Ministério da Fazenda.
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Segundo o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, quando a instituição tomou conhecimento das regras gerais da nova regra fiscal, ainda antes de o governo fixar os seus parâmetros, o arcabouço pareceu “bastante razoável”, mas ele frisou que isso já tem algum tempo. Campos Neto afirmou que o importante para o Comitê de Política Monetária (Copom) é como o colegiado vai incorporar o arcabouço em suas projeções, afirmando ainda que o arcabouço entra como um fator nas decisões de política monetária.
Marcus Labarthe, especialista da GT Capital, diz: “ Ibovespa sobe hoje e recupera os 103 mil pontos, o que é influenciado pelo bom humor no cenário doméstico com a divulgação do tão esperado arcabouço fiscal… A divulgação é uma luz no fim do túnel, que acalma os ânimos dos investidores e gera um certo otimismo por uma possível queda de juros”.
Destaques do dia
Liderando as altas, os papéis da Rede D’Or (RDOR3) e da CVC (CVCB3) avançaram, respectivamente, 8,96% a R$ 22,25 e 8,28% a R$ 3,27 . Segundo Labarthe : “as ações da Rede D’Or estavam superando 20% de alta após o CEO dizer que a empresa teria condições de reajustar seus preços acima da inflação. As ações da CVC subiram acima de 8% em movimento de ajuste às quedas da empresa desde o início do ano, que já acumula mais de 22% de queda em 2023”.
No Exterior
Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street tiveram um dia de alta à medida que os temores de uma crise bancária diminuíram, com as ações de imóveis e tecnologia sensíveis aos juros liderando os ganhos antes de dados de inflação, que podem moldar a política monetária do Federal Reserve.
Investidores aguardam na sexta-feira (31) a leitura de fevereiro do índice PCE, o indicador de inflação preferido do Fed, depois que os números de janeiro mostraram uma forte aceleração nos gastos do consumidor.
Na Europa, os mercados de ações subiram para máximas em quase três semanas, impulsionadas por resultados positivos da gigante do varejo H&M e pelo enfraquecimento das preocupações com o setor bancário global, que alimentaram um rali americano. “É uma combinação de alívio nos temores bancários e expectativa de que estamos muito próximos do pico das taxas, o que está elevando os índices”, disse Susannah Streeter, diretora da Hargreaves Lansdown.
Na Ásia, as ações da China e de Hong Kong fecharam em alta modesta, com os investidores depositando esperanças em políticas favoráveis a empresas após a reestruturação do Alibaba, enquanto aguardam dados da atividade industrial esta semana.
(Com Reuters)