A dívida pública federal subiu 1,51% em fevereiro sobre janeiro, para R$ 5,856 trilhões, informou o Tesouro Nacional nesta quarta-feira (29).
No período, a dívida pública mobiliária federal interna somou R$ 5,617 trilhões, enquanto a externa atingiu R$ 239,1 bilhões.
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Conforme o Tesouro, do total da dívida pública federal no final de fevereiro, 24% correspondiam a títulos prefixados, 31% a títulos vinculados a índices de preços, 41% a papeis com taxas flutuantes e 4% a papeis cambiais.
Em fevereiro, o aumento de 1,51%, equivalente a R$ 87,31 bilhões, deveu-se, conforme o Tesouro, à emissão líquida de dívida pública federal de R$ 32,93 bilhões e à apropriação positiva de juros de R$ 54,38 bilhões.
O órgão informou ainda que a reserva de liquidez da dívida pública – uma espécie de “colchão” para o pagamento dos compromissos – subiu 4,43% em termos nominais em fevereiro, para R$ 995,66 bilhões.
Apesar desse aumento, houve uma redução do índice de liquidez, entendido como o número de meses em que o “colchão” é suficiente para cobrir a dívida que vem pela frente. Conforme o Tesouro, este índice passou de 7,62 meses em janeiro para 6,87 meses em fevereiro.
De acordo com o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro, Luis Felipe Vital, o movimento se deu porque o vencimento de dívida em março é elevado. Uma apuração preliminar já excluindo o pagamento dos compromissos de março mostra que o índice salta para 9,07 meses, informou.
“Os números de colchão de liquidez sofrem variações grandes ao longo do mês. Isso não muda a estratégia do Tesouro”, comentou Vital durante entrevista à imprensa. “O Tesouro está muito seguro e tranquilo quanto ao volume de caixa. Nossa estratégia de financiamento prevê manutenção do caixa em níveis próximos do que encontramos no início deste ano.”
Segundo ele, o Tesouro também trabalha para manter um índice de liquidez acima de três meses.