Sam Bankman-Fried supostamente pagou US$ 40 milhões (R$ 206 milhões) a um ou mais funcionários do governo chinês para descongelar criptoativos mantidos no país por seu fundo de hedge Alameda Research, segundo um novo processo contra o ex CEO da FTX nos Estados Unidos.
A acusação afirma que Bankman-Fried conspirou para violar a seção antissuborno da Lei de Práticas de Corrupção no Exterior ao supervisionar a movimentação do dinheiro de uma conta da Alameda para uma conta privada que se acredita pertencer a autoridades chinesas, em novembro de 2021.
O ex-CEO bilionário da exchange de criptomoedas FTX agora enfrenta 13 acusações criminais por práticas ilícitas de negócios em seu antigo império. Somaram-se neste ano cinco acusações às oito que Bankman-Fried enfrentava ao ser preso em dezembro.
Bankman-Fried teria ordenado o suborno no exterior após as autoridades chinesas bloquearem o acesso a cerca de US$ 1 bilhão em criptoativos pertencentes à Alameda, alegam os promotores.
Os advogados que representam Bankman-Fried não responderam a um pedido de entrevista da Forbes USA.
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Prisão e acusações
A sentença para suborno é de até cinco anos, um período relativamente curto em comparação com as mais de 100 sentenças associadas às outras acusações contra Bankman-Fried.
A nova acusação foi feita horas depois que a defesa do ex-bilionário e os promotores propuseram uma emenda às condições de sua fiança, proibindo ele de usar um smartphone ou acessar a maioria dos sites.
O império multibilionário de Bankman-Fried desabou repentinamente em novembro passado, depois que a CoinDesk informou sobre uma suspeita mistura de finanças na FTX e na Alameda. Bankman-Fried renunciou à FTX duas semanas após o relatório, quando a empresa entrou com pedido de falência. Ele e vários outros executivos de alto escalão foram presos posteriormente.
(Traduzido por Monique Lima)