A Hapvida (HAPV3) registrou queda de 56,1% no lucro líquido ajustado no quarto trimestre de 2022 ante mesmo período do ano anterior, em meio a maiores despesas e taxa de sinistralidade, informou a empresa de saúde ontem (28).
A companhia teve lucro líquido ajustado de R$ 161,4 milhões. Sem ajustes por amortização de marcas e patentes e carteiras de clientes, bem como relacionados a incentivos de longo prazo a executivos, a empresa teve prejuízo de R$ 316,7 milhões, revertendo lucro de R$ 200,2 milhões um ano antes.
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Analistas projetavam, em média, prejuízo de R$ 235,5 milhões. Não estava imediatamente claro se os dados eram comparáveis com as projeções.
O desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado subiu 52% de outubro a dezembro contra igual período do ano anterior, para R$ 598,7 milhões. Analistas, em média, esperavam Ebitda de R$ 627,3 milhões.
A Hapvida, que vem acumulando aquisições nos últimos anos, comprou a grande rival Intermédica no início do ano passado e vem integrando suas operações desde então, com analistas de olho no impacto do negócio nas linhas de despesas. A ação acumula queda de 11,6% neste ano, após diversos bancos assumirem perspectivas mais negativas para a companhia.
A sinistralidade caixa do grupo foi de 72,9% no trimestre, uma melhora de 0,1 ponto percentual ante o trimestre imediatamente anterior e uma piora de 8,1 pontos na base anual. A Hapvida afirmou no relatório de resultados que o indicador segue impactado por “maiores frequências de utilização, sazonalidade desfavorável, além de patamares mais altos de sinistralidade nas empresas recém-adquiridas”.
A receita líquida da Hapvida cresceu 150,2% em 12 meses, para R$ 6,5 bilhões , impactada em especial pela aquisição da Intermédica. “Individualmente, as receitas crescem mesmo com o impacto do reajuste negativo dos planos individuais, estimados em R$ 18 milhões para a Hapvida e em R$ 11,7 milhões para a NotreDame (Intermédica)”, afirmou a empresa.
O grupo registrou saltos de 83,5% e 139,1%, respectivamente, nas despesas administrativas e de vendas, para R$ 537,1 milhões e R$ 523,9 milhões.