O pregão de hoje (7) começou com o Ibovespa em queda, após o índice fechar o dia anterior com um avanço de 0,80%. Após os leilões, o recuo era de 0,07%, a 104.632 pontos. Nesta terça, o principal assunto do mercado é o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, ao Congresso norte-americano.
As explicações do líder do banco central dos EUA para a política monetária do país se iniciam às 12h (horário de Brasília), no Senado, e continuam amanhã na Câmara. Trata-se do último compromisso do Fed antes da próxima reunião para decidir os juros, em 22 de março.
A expectativa atual é de que o banco eleve novamente a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, para uma faixa entre 4,75% e 5,0%. Investidores buscam mais informações sobre o prolongamento do ciclo restritivo das taxas e a visão do Fed sobre o estado da economia norte-americana.
Os últimos indicadores mostraram um mercado de trabalho bastante resiliente, ao mesmo tempo em que a inflação desacelera, mas continua persistente. Atualmente, a inflação está em 6,4%, muito acima da meta de 2%. Em contrapartida, índice de desemprego segue baixo (3,4%), o que reforça a postura do Fed de continuar subindo os juros.
Por volta das 10h (horário de Brasília), o índice futuro do Dow Jones caía 0,01%, do S&P 500 subia 0,09% e do Nasdaq tinha alta de 0,19%. O dólar à vista registrava uma ligeira alta de 0,14% no mesmo horário, a R$ 5,1764.
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Por aqui, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na véspera que o novo arcabouço fiscal que irá substituir o Teto de Gastos já está pronto e será apresentado em breve ao presidente Lula. Antes disso, o texto será apresentado a outros departamentos dentro do próprio ministério da Fazenda.
Na agenda corporativa, a temporada de balanços segue nesta terça-feira, com divulgação dos resultados corporativos de Raia Drogasil (RADL3), Simpar (SIMH3) e Grupo Soma (SOMA3).
Na agenda de indicadores, a FGV (Fundação Getúlio Vargas) divulgou hoje mais cedo que o IGP-DI registrou uma pequena variação positiva em fevereiro, de 0,04%, desacelerando frente aos 0,06% de janeiro. O resultado ficou acima da expectativa do consenso, que projetou uma queda de 0,01%.
Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV, a deflação nos preços ao produtor desacelerou no mês passado, mas foi compensada por um arrefecimento no ritmo de alta dos preços ao consumidor e no setor de construção, o que ajudou a manter a variação média do IGP praticamente inalterada.