Morreu ontem (2), aos 82 anos, vítima de câncer, o consultor e conselheiro de empresas Cláudio Galeazzi. Especialista em reestruturar empresas, ele participou de alguns dos maiores “turnarounds” do cenário corporativo brasileiro. Ao lado de Abílio Diniz, ex-presidente do Pão de Açúcar, ele evitou a quebra da rede varejista. Também atuou em empresas como BRF, igualmente ao lado de Abílio, e nos processos de Americanas, Artex e Cecrisa.
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Sem formação universitária, Galeazzi começou sua carreira reestruturando a própria empresa. A companhia de infraestrutura Armaq foi fundada durante a fase do “milagre econômico” brasileiro, nos anos 1970, mas não resistiu ao fim dos investimentos e acabou concordatária. “A Armaq foi minha universidade”, costumava dizer o consultor.
Galeazzi era conhecido por realizar cortes relevantes nos quadros de funcionários das empresas de cuja reestruturação participava, o que lhe rendeu o apelido de “mãos de tesoura”. Chegou a brincar com isso no título de sua biografia “Sem cortes: Lições de liderança e gestão de um dos maiores especialistas do Brasil em salvar empresas”, em que conta 13 de suas experiências de gestão.
Ele fundou a consultoria Galeazzi e Associados em 1995, de cuja liderança havia se afastado formalmente. Atualmente a empresa é presidida por seu filho Luiz Cláudio. O consultor deixa a esposa, Renata, os filhos Luiz Cláudio e Daniela, os enteados Victor, Ricardo e Gustavo e cinco netas: Camila, Maria Julia, Maria Eduarda, Maria Helena e Maria Antônia.