Bancos centrais da Europa dobraram a aposta em mensagens duras de política monetária nas últimas duas semanas, em uma tentativa de persuadir grandes investidores a abandonar as apostas de que começarão em breve um ciclo de flexibilização dos juros.
Como os bancos centrais da Europa foram mais rápidos que seus principais pares para aumentar as taxas de juro, também se esperava que liderassem o processo de flexibilização. Embora isso ainda possa ser verdade, agora parece que acontecerá depois do que inicialmente previsto.
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“A alta pressão salarial manterá o núcleo da inflação elevado e pode levar a um atraso na flexibilização monetária em comparação com as expectativas atuais”, disse o Erste Bank em uma nota na quinta-feira.
O banco central da República Tcheca, apesar de ter se recusado a aumentar as taxas de juros desde o último mês de junho mesmo com cobranças para fazê-lo vindas de seu próprio departamento monetário e de analistas externos, tem apresentado mensagens mais austeras.
Seu correspondente húngaro, que alguns pensaram que começaria a flexibilizar em março, ao contrário, prometeu manter as taxas sem mudanças por um período prolongado para suprimir expectativas de inflação -o crescimento dos preços na Hungria pode ter caído em fevereiro, mas continua muito alto, em 25,4%.
O banco central da Polônia manteve as taxas estáveis nesta semana, e o presidente do órgão, Adam Glapinski, disse que ainda estava pronto para aumentá-las se necessário, embora as taxas não precisem subir mais se o desenvolvimento econômico seguir a perspectiva atual.