O governo brasileiro anunciou hoje (14) a assinatura de 20 acordos comerciais entre empresas do Brasil e da China, principalmente nos setores de energia, infraestrutura e agronegócio, durante a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país asiático.
Três dos acordos envolvem empresas do grupo JBS (JBSS3) , uma da maiores companhias de alimentos do mundo. A marca Seara acertou a compra de 280 caminhões elétricos da JAC Motors, que serão utilizados na distribuição local de produtos no Brasil, enquanto a Friboi fechou acordo para utilizar estrutura de distribuição de produtos da WHG na China. Já própria JBS firmou parceria com o Banco da China para crédito para exportação, com prazo de até 4 anos.
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No setor de energia, a Eletrobras e State Grid fecharam parceria para um projeto de revitalização do sistema de transmissão da hidrelétrica de Itaipu.
Já a SPIC, gigante chinesa com forte atuação em energias renováveis, assinou um memorando com a Prumo Logística para avaliar a viabilidade financeira e técnica de projetos de energia renovável (eólica offshore, solar, hidrogênio “azul”, a partir de gás natural; e “verde”, de fonte renovável) no Porto do Açu (RJ).
A SPIC também fechou acordo com o Ministério de Minas e Energia para estudar a construção e operação de sistemas de energia renovável para atendimento de comunidades isoladas na floresta amazônica, envolvendo pequenas usinas solares, miniturbinas eólicas, baterias e purificadores de água.
Em infraestrutura, Odebrecht, Power China e Sete Partners firmaram parceria para trazer soluções conjuntas a projetos da área no Brasil.
A Sete Partners também assinou acordos com a Sinomec, em energia renovável agricultura e outros setores; e com a Tianjing Food Group para a criação de uma empresa binacional para investimentos na cadeia agrícola brasileira em diversas áreas, inclusive logística.
Outro destaque são os acordos da brasileira BMV global para comercialização de créditos de biodiversidade às empresas chinesas HRH (Chongqing) e HRH Pharmaceutical.
A lista divulgada hoje inclui ainda acordos da Vale e Suzano que haviam sido anunciados no fim de março, quando Lula teve que remarcar sua ida à China.