O Ibovespa opera em queda de 1,00% na abertura do pregão desta quarta-feira (19), a 105.100 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. Os investidores ainda estão digerindo os detalhes do novo arcabouço fiscal, que foi entregue ao Congresso na tarde de ontem (18). No cenário internacional, a expectativa é pelo Livro Bege, que deve ditar os próximos passos da política monetária do Federal Reserve.
O dólar avançava nos primeiros negócios desta quarta-feira, voltando a superar a marca psicológica de R$ 5,00. Por volta das 10h10, a moeda avançava 1,05% ante o real cotada a R$ 5,0284.
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O setor industrial brasileiro seguiu patinando em fevereiro, com o terceiro mês seguido de perdas de produção e mais do que o esperado, em meio aos impactos da política monetária mais contracionista no país.
A produção registrou em fevereiro retração de 0,2% na comparação com o mês anterior, de acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Nesses três meses, a indústria acumula queda de 0,6%, e está 2,6% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e 19% abaixo do nível recorde da série, alcançado em maio de 2011.
No cenário político, o presidente da Câmara, Arthur Lira, disse que anunciará nesta quarta-feira o relator do projeto do arcabouço fiscal e que pretende votar a proposta até 10 de maio.
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, decisão do presidente Lula de recuar na tributação de compras online de pequeno valor no mercado internacional não compromete arcabouço e governo quer rever 1/4 das renúncias fiscais da União.
Mercados internacionais
Nos Estados Unidos, o Morgan Stanley divulgará seu balanço financeiro antes da abertura, após o BofA ter surpreendido com um resultado sólido. Durante a tarde, será divulgado o Livro Bege do Federal Reserve, que pode trazer indicações mais claras sobre as chances de os juros americanos permanecerem elevados por mais tempo que o esperado.
Na Ásia, as ações chinesas fecharam em baixa devido à recuperação econômica acidentada depois que o país abandonou sua política de Covid zero e com dados macroeconômicos desiguais do primeiro trimestre pesando sobre o sentimento.
A China informou um crescimento maior do que o esperado no primeiro trimestre na terça-feira, mas alguns dados apontaram para tendências de recuperação desiguais.
O Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 1,37%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em queda de 0,27%. Já na China continental, o índice Shanghai perdeu 0,68%; e no Japão, o índice Nikkei recuou 0,27%.
Na Europa, a inflação na zona do euro diminuiu no mês passado, mas as leituras subjacentes permaneceram altas, disse a Eurostat nesta quarta-feira, confirmando dados preliminares que aumentaram as preocupações do Banco Central Europeu sobre a persistência das pressões de preços.
A inflação anual ao consumidor das 20 nações que compartilham o euro caiu de 8,5% para 6,9%, principalmente devido a uma rápida queda nos custos de energia, já que os preços do gás natural continuam caindo após o salto de um ano atrás com a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Mas as autoridades do BCE agora estão preocupadas com o fato de que os altos custos da energia tenham se infiltrado na economia em geral e persistam em tudo, desde serviços a salários, tornando a inflação mais difícil de domar.
O Stoxx 600 perdia 0,30%; na Alemanha, o DAX cai 0,18%; o CAC 40 em queda de 0,02% na França; na Itália, o FTSE MIB sobe 0,13%; enquanto o FTSE 100 tem desvalorização de 0,25% no Reino Unido.
(Com Reuters)