O mercado voltou a elevar a expectativa para a inflação em 2023, mas manteve o cenário para os três anos seguintes, ao mesmo tempo em que melhorou as contas para o desempenho econômico, mostrou a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira (24).
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a alta do IPCA este ano subiu em 0,03 ponto percentual, a 6,04%, bem acima do teto da meta de 4,75%.
Para 2024, 2025 e 2026 as estimativas seguiram respectivamente em 4,18%, 4,0% e 4,0%.
O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e para 2024 e 2025 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
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Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento este ano melhorou em 0,06 ponto percentual, com expectativa agora de expansão de 0,96%. Para 2024 a conta também subiu, mas em apenas 0,01 ponto, para 1,41%.
A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que não houve mudanças em relação às perspectivas para a taxa básica de juros, com a Selic calculada em 12,50% ao final deste ano e em 10,0% em 2024.
Para a reunião da semana que vem do Comitê de Política Monetária do Banco Central, a expectativa do mercado continua sendo de manutenção dos juros no atual patamar de 13,75%.
Nesta segunda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou um discurso durante fórum empresarial Portugal-Brasil para novamente criticar o atual patamar da taxa básica de juros no Brasil e afirmou que ela inviabiliza a tomada de empréstimos.