Ibovespa é puxado por Wall Street e cai 1,03%; Petrobras limita perdas

Nesta quarta-feira (24), o Ibovespa caiu 1,03% e fechou a 108.799,54 pontos, totalizando um volume financeiro de R$ 18,49 bilhões. O pregão acompanhou os mercados no exterior, à medida que as negociações para elevar o teto da dívida norte-americana se arrastam, embora a aprovação do texto-base do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados tenha dado sustentação ao real frente ao dólar, que fechou a R$ 4,95, com baixa de 0,37%.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou o placar de 372 votos favoráveis e 108 contrários para a aprovação do texto-base da proposta de arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados na noite de terça-feira (23) e afirmou que a vitória por ampla margem dá ao governo confiança para a tramitação da reforma tributária na Casa.

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O presidente da Câmara, Arthur Lira, afirmou em entrevista que o foco da Casa agora será aprovar a reforma tributária. “Após o arcabouço, nós iremos focar nossas atenções a uma reforma tributária para todos, justa, simplificada, mais próspera e que traga realmente investimentos externos para o país”, disse.

Destaques do dia

Liderando as baixas, a CVC (CVCB3) e a Dexco (DXCO3) caíram, respectivamente, 7,57% a R$ 2,81 e 6,40% a R$ 7,90. As ações da Vale (VALE3) estiveram mais uma vez entre as maiores pressões negativas, recuando 2,27% a R$ 65,05 com a desvalorização do minério de ferro no exterior.

Na ponta positiva, a Petrobras (PETR4 e PETR3) subiu 1,52% a R$ 26,65 e 1,09% a R$ 29,77. Segundo Fabio Louzada, fundador da Eu me banco: “a Petrobras foi impulsionada pela alta das cotações de petróleo lá fora. O alerta da Arábia Saudita sobre problema para vendedores a descoberto continua pesando no mercado, e o receio é que a Opep possa reduzir ainda mais a produção na próxima reunião de junho”.

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No Exterior

Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street caíram conforme as negociações entre a Casa Branca e parlamentares republicanos sobre o aumento do teto da dívida norte-americana persistem, alimentando preocupações sobre um calote sem precedentes do governo dos Estados Unidos.

As autoridades do Federal Reserve, banco central norte-americano, “concordaram em geral” no mês passado que a necessidade de novos aumentos na taxa de juros “tornou-se menos certa”, com várias delas dizendo que o aumento de 0,25 ponto percentual aprovado então poderia ser o último, de acordo com a ata do encontro de 2 e 3 de maio divulgada na quarta-feira (24). Outros alertaram que a instituição precisa manter suas opções em aberto devido aos riscos de inflação persistente.

Na Europa, uma nova onda de vendas fez com que os mercados de ações registrassem sua maior queda diária em dois meses, com pouco progresso nas negociações do teto da dívida dos Estados Unidos, um salto no núcleo da inflação do Reino Unido e mais perdas em empresas de luxo abalando investidores.

Na Ásia, as ações chinesas ampliaram as quedas da sessão anterior, uma vez que as ações de consumo e financeiras recuaram, enquanto os riscos geopolíticos continuaram a pesar sobre o sentimento dos investidores. As ações de Hong Kong também tiveram queda, acompanhando outras ações asiáticas em uma liquidação global enquanto as negociações do teto da dívida dos Estados Unidos se arrastam sem resolução.

(Com Reuters)

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