O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) acelerou suas perdas em maio e registrou as deflações mais intensas da série histórica tanto em base mensal quanto no acumulado em 12 meses, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (17).
O índice caiu 1,53% em maio, contra queda de 0,58% registrada no mês anterior. Em 12 meses, o IGP-10 passou a recuar 3,49%, contra baixa de 1,90% acumulada no ano findo em abril.
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Segundo a FGV, essas foram as maiores deflações nas taxas mensais e interanuais desde setembro de 1993, quando tem início a série histórica do IGP-10.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, acelerou o declínio a 2,25% neste mês, de queda de 0,96% em abril.
“O aprofundamento da deflação do IPA foi impulsionado pelo comportamento dos preços do minério de ferro (de 0,58% para -11,50%), da soja (de -7,63% para -10,41%) e do milho (de -2,61% para -12,48%)”, disse em nota André Braz, coordenador dos índices de preços.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, acelerou ligeiramente a alta a 0,60% em maio, de 0,57% na leitura anterior.
Cinco das oito classes de despesa componentes do IPC registraram acréscimo em suas taxas de variação no mês, com destaque para Alimentação, que subiu 1,04%, contra avanço de 0,15% em abril.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,09% em maio, ante alta de 0,22% no mês passado.
O declínio do IGP-10 vem em meio aos efeitos defasados do forte aperto monetário promovido pelo Banco Central. A taxa Selic está atualmente em 13,75%.
O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.