Economistas continuaram reduzindo suas projeções para a inflação brasileira deste ano e do próximo, mostrou o boletim semanal Focus, e mantiveram expectativa de que o Banco Central começará a cortar juros já em agosto, apesar de a autarquia não ter sinalizado essa possibilidade em seu último comunicado de política monetária.
Agora, as expectativas compiladas pelo Focus, divulgado pelo BC, apontam alta de 5,06% do IPCA em 2023, ante taxa de 5,12% estimada antes, na sexta semana seguida de declínio. Para 2024, a conta caiu pelo quarto boletim consecutivo, a 3,98%, de 4,00% antes.
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O prognóstico de inflação para 2025 foi mantido em 3,80%, enquanto o de 2026 caiu pela terceira semana seguida, a 3,72%, contra 3,80% na sondagem anterior.
O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e para 2024 e 2025 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. O Conselho Monetário Nacional (CMN) tem reunião marcada para esta semana, em que deve estabelecer a meta de inflação para 2026, e o mercado tem especulado sobre a possibilidade de o colegiado determinar que o BC siga objetivo de inflação sem um prazo determinado.
Para a Selic, o Focus manteve projeções de que a taxa encerrará este ano em 12,25%, com o início de um ciclo de corte de juros já em agosto, em ritmo de 0,25 ponto percentual, mesmo depois de o BC não ter sinalizado intenção de afrouxar a política monetária tão cedo em sua reunião de política monetária da semana passada. Na ocasião, a autarquia deixou a Selic inalterada em 13,75%.
Investidores devem ficar atentos na terça-feira (27) à ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), em busca de esclarecimentos sobre o possível início das reduções de juros.
O mais recente Focus também manteve intacta a projeção para a Selic ao fim de 2024, atualmente em 9,50%.
Para o Produto Interno Bruto (PIB), houve uma sétima melhora seguida na estimativa do Focus para este ano. A perspectiva de crescimento econômico em 2023 é agora de 2,18%, de 2,14% antes.
Para 2024 a expansão do PIB passou a ser estimada em 1,22%, de 1,20% antes.