Em 2021, a empresa suíça Sauber estava pronta para vender uma participação majoritária em sua equipe de Fórmula 1, a Alfa Romeo Racing, para a Andretti Autosport. A transação girava em torno de US$ 350 milhões. Quando o negócio fracassou, a Sauber voltou-se para a Audi e, em janeiro, vendeu uma participação minoritária, avaliada em cerca de US$ 650 milhões – o preço havia dobrado em apenas 15 meses. Hoje, esse valor inflado parece uma pechincha, tanto que a Forbes avalia a Alfa Romeo Racing em US$ 900 milhões tomando como base a receita prevista de US$ 210 milhões da equipe para este ano.
As dez equipes mais valiosas em 2023:
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Dab Mullan/ Getty Images #1
Ferrari
Valor: US$ 3,9 bilhões
Receita 2023: US$ 680 milhões (estimativa)
Ebitda 2023: US$ 115 milhões (estimativa)
Líder: Frédéric VasseurA Ferrari é sinônimo de Fórmula 1, tendo competido na categoria desde sua temporada inaugural, em 1950. A equipe está atualmente em quarto lugar na classificação, mas ganhou 16 campeonatos – sete a mais do que qualquer outro.
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Vince Mignott/Getty Images #2
Mercedes
Valor: US$ 3,8 bilhões
Receita 2023: US$ 700 milhões (estimativa)
Ebitda 2023: US$ 192 milhões (estimativa)
Líder: Toto WolffDepois de assumir a marca Mercedes para a temporada de 2010, a equipe teve uma das trajetórias mais dominantes da história do esporte, vencendo oito campeonatos de construtores consecutivos de 2014 a 2021. Atrás do piloto estrela Lewis Hamilton e do promissor George Russell, a empresa está de volta ao segundo lugar na classificação de 2023, após um decepcionante terceiro lugar no ano passado.
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Vince Mignott/Getty Images #3
Red Bull Racing
Valor: US$ 2,6 bilhões
Receita 2023: US$ 510 milhões (estimativa)
Ebitda 2023: US$ 85 milhões (estimativa)
Líder: Christian HornerA Red Bull quebrou a sequência de vitórias da Mercedes ao conquistar o campeonato de construtores no ano passado e quase garantiu a repetição do título, com Max Verstappen vencendo oito das dez corridas em 2023 – e seu companheiro de equipe Sergio Pérez conquistando as outras duas.
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Mark Thompson/Getty Images #4
McLaren
Valor: US$ 2,2 bilhões
Receita 2023: US$ 490 milhões (estimativa)
Ebitda 2023: US$ 58 milhões (estimativa)
Líder: Andrea StellaA McLaren se recuperou de um início de temporada difícil com uma exibição promissora no Grande Prêmio da Inglaterra neste mês, com Lando Norris correndo para terminar em segundo lugar. Entre as equipes atuais, apenas a Ferrari está na categoria há mais tempo do que a McLaren, que estreou em 1966.
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Peter Fox/Getty Images #5
Alpine
Valor: US$ 1,4 bilhão
Receita 2023: US$ 325 milhões (estimativa)
Ebitda 2023: US$ 50 milhões (estimativa)
Líder: Otmar SzafnauerNova denominação da Renault e ainda controlada pela montadora, a Alpine foi notícia recentemente com a venda de uma participação minoritária significativa para RedBird Capital Partners e Otro Capital. Os investidores também incluíram três atores de Hollywood: Wrexham A.F.C. os proprietários Ryan Reynolds e Rob McElhenny e a estrela de Creed, Michael B. Jordan.
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Dan Istitene/Getty Images #6
Aston Martin
Valor: US$ 1,375 bilhão
Receita 2023: US$ 290 milhões (estimativa)
Ebitda 2023: US$ 32 milhões (estimativa)
Líder: Mike KrackA Aston Martin contratou Fernando Alonso antes desta temporada e é vista como equipe em ascensão, ficando em terceiro na classificação de construtores em 2023 com uma lista de patrocínios valiosos.
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Peter Fox/Getty Images #7
AlphaTauri
Valor: US$ 1,125 bilhão
Receita 2023: US$ 260 milhões (estimativa)
Ebitda 2023: US$ 20 milhões (estimativa)
Líder: Franz TostUma das duas equipes de F1 pertencentes à Red Bull, a AlphaTauri está sendo reestruturada. A reformulação da marca está prevista para 2024 e o chefe da equipe Franz Tost deve ser substituído pelo diretor de corrida da Ferrari, Laurent Mekies. Em uma surpresa neste mês, a equipe trouxe Daniel Ricciardo para substituir o piloto Nyck de Vries pelo resto da temporada.
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Paul Crock/Getty Images #8
Alfa Romeo
Valor: US$ 900 milhões
Receita 2023: US$ 210 milhões (estimativa)
Ebitda 2023: US$ 25 milhões (estimativa)
Líder: Alessandro Alunni BraviA equipe deve abandonar o nome Alfa Romeo no ano que vem, antes de mudar sua denominação para Audi em 2026. A montadora alemã comprou uma participação minoritária na equipe em janeiro e também entrará na série como fabricante de motores em 2026, quando novas regras exigirão carros para funcionar com combustíveis sustentáveis com mais participação da energia elétrica.
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Michael Potts/Getty Images #9
Haas
Valor: US$ 780 milhões
Receita 2023: US$ 180 milhões (estimativa)
Ebitda 2023: US$ 2 milhões (estimativa)
Líder: Guenther SteinerA Haas é a equipe mais jovem da F1, tendo entrado na categoria em 2016, e a única sediada nos Estados Unidos, com sede no mesmo local da equipe Nascar do fundador Gene Haas, em Kannapolis, Carolina do Norte. (A empresa também tem instalações na Inglaterra e na Itália.) A Haas tem um novo contrato de patrocínio de título em 2023 com a MoneyGram, depois de abandonar o Uralkali da Rússia em março de 2022, após a invasão da Ucrânia.
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Dan Istitene/Getty Images #10
Williams
Valor: US$ 725 milhões
Receita 2023: US$ 160 milhões (estimativa)
Ebitda 2023: US$ – 5 milhões (estimativa)
Líder: James Vowles
A Williams está entre as equipes mais célebres da F1, tendo se juntado à categoria em 1977 e conquistado nove campeonatos de construtores, o segundo maior depois da Ferrari. O último desses títulos veio em 1997, no entanto, e a equipe passou por alguns anos difíceis desde então. Ainda assim, uma infraestrutura impressionante e a escassez de equipes de Fórmula 1 elevaram sua avaliação recentemente.
#1
Ferrari
Valor: US$ 3,9 bilhões
Receita 2023: US$ 680 milhões (estimativa)
Ebitda 2023: US$ 115 milhões (estimativa)
Líder: Frédéric Vasseur
A Ferrari é sinônimo de Fórmula 1, tendo competido na categoria desde sua temporada inaugural, em 1950. A equipe está atualmente em quarto lugar na classificação, mas ganhou 16 campeonatos – sete a mais do que qualquer outro.
É uma história semelhante com a Alpine, cujo proprietário, a Renault, revelou no mês passado que vendeu uma participação de 24% para um grupo liderado pela RedBird Capital Partners e Otro Capital em um negócio que avaliou a equipe em pouco mais de US$ 900 milhões. Os termos do acordo foram fechados há oito meses. A Forbes avalia que a equipe pode valer US$ 1,4 bilhão.
Em média, uma equipe da Fórmula 1 vale US$ 1,88 bilhão, segundo estimativas da Forbes. O valor representa um aumento de 276% em relação à média de US$ 500 milhões por equipe em 2019, quando a Forbes avaliou as equipes da série pela última vez (usando os números de receita de 2018). A Ferrari lidera mais uma vez, com US$ 3,9 bilhões – um salto de 189% em relação a 2019 –, com a Mercedes logo atrás, com US$ 3,8 bilhões, o que representa um aumento de 274%.
Esse ganho é em grande parte resultado da mudança da F1 em 2021 para implementar um teto de gastos, que limita quanto as equipes podem gastar, com texto fixado em US$ 135 milhões para 2023 (excluindo certas despesas, como motores e salários dos pilotos, bem como ajustes pela inflação).
As mudanças nas regras, juntamente com a popularidade da série Drive to Survive da Netflix, e um novo calendário de corridas (com um Grande Prêmio adicionado a Miami e outro chegando a Las Vegas em novembro), ajudaram a despertar um novo interesse em um esporte cuja audiência televisiva está em declínio. Essas operações elevaram a receita média de uma equipe de US$ 220 milhões, em 2018, para US$ 380 milhões este ano.
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Ainda mais importante, o teto de gastos encerrou uma era em que os principais construtores gastavam mais de US$ 400 milhões anualmente – dinheiro que eles lutavam para recuperar, não importando o desempenho nas pistas – e introduziu o conceito de lucratividade.
Em 2018, as dez equipes perderam juntas quase US$ 200 milhões em receita operacional (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização); este ano, a Forbes estima que as equipes farão juntas quase US$ 600 milhões em EBITDA. Mesmo as equipes nos últimos lugares do grid têm obtido tanto dessas novas receitas da F1 que precisam atingir apenas cerca de US$ 50 milhões em receita de patrocínio para cobrir os custos. E essa é uma meta muito realista, apesar de uma queda entre as equipes menores, que obtêm cerca de 65% de sua receita com o fundo central e 35% com patrocínios. (Para equipes maiores, a divisão é normalmente em torno de 60% em patrocínios e 40% na receita central.)
O resultado é que os investidores estão dispostos a comprar participações muito maiores. A média de preço em relação à receita subiu para 4,9 nas dez maiores equipes, ante 2,3 em 2019. Em um negócio fechado em janeiro de 2022 por um preço negociado em 2020, a Ineos Industries adquiriu um terço da Mercedes-Benz Grand Prix Limited por um “enterprise value” (patrimônio líquido mais dívida líquida) de US$ 850 milhões, ou menos de duas vezes a receita.
Embora esse número não seja totalmente representativo porque o acordo também incluía patrocínio e outros fatores, a nova avaliação da Mercedes pela Forbes praticamente triplica esse múltiplo de receita, em 5,4. Enquanto isso, a Red Bull recusou recentemente uma oferta de mais de US$ 1 bilhão por sua equipe AlphaTauri, cinco vezes o que valia quatro anos atrás, quando era conhecida como Toro Rosso. O múltiplo de receita da equipe agora é de 4,3, segundo estimativas da Forbes, contra 1,2 em 2019.
E há muito mais vantagens pela frente, principalmente com a receita da televisão. Depois que a categoria aumentou sua audiência nos EUA em 36% ano a ano, para uma média de 1,2 milhão por corrida em 2022, o contrato atual da F1 com a Walt Disney (ESPN, ESPN+ e ABC) aumentou 17 vezes, para um valor médio anual de US$ 83 milhões por ano de 2023 a 2025.
Em todo mundo, a audiência da Fórmula 1 teve uma média de 70 milhões de pessoas por corrida em 2022. Numa escala global, os direitos da categoria devem chegar a US$ 1 bilhão este ano e a US$ 1,4 bilhão até 2029, de acordo com um relatório recente da Seaport Research Partners. “A F1 também não tem intervalos comerciais durante a corrida, mas achamos que existem maneiras criativas de obter receitas adicionais para a ESPN/ABC”, escreveu Seaport.
Além disso, a receita deve se beneficiar de uma maior promoção da Live Nation Entertainment, que tem 31% de propriedade da Liberty Media e ajudou a F1 a organizar experiências semelhantes ao Super Bowl de vários dias em muitos de seus fins de semana de corrida. Este ano, a empresa estará ainda mais diretamente envolvida em ajudar a Fórmula 1 a promover seu primeiro Grande Prêmio de Las Vegas, que deve gerar cerca de US$ 500 milhões em ingressos e hospitalidade de acordo com a Seaport, ao mesmo tempo em que gera dezenas de milhões de dólares em taxas da Ticketmaster para a Live Nation. A Fórmula 1 está pronta para acelerar.
METODOLOGIA
As avaliações da Forbes foram compiladas a partir de informações obtidas de arquivos públicos e documentos privados – como avaliações feitas em equipes por bancos – e de entrevistas com executivos do setor, analistas, banqueiros e investidores. A Forbes calculou suas avaliações com base nas estimativas de receita de 2023 porque, com o crescimento explosivo da categoria e a temporada agora na metade, os números de receita disponíveis para 2022 teriam produzido valores de equipe que não refletiam as expectativas atuais do mercado.
As receitas são das operações da F1 e excluem negócios auxiliares, como a venda de motores. Os valores da equipe são os valores da empresa (patrimônio líquido mais a dívida líquida) e os números do EBITDA são lucros antes dos descontos de juros, impostos, depreciação e amortização. Todos os valores foram convertidos em dólares americanos com base nas taxas de câmbio de 7 de julho de 2023 (£ 1 = $ 1,28; € 1 = $ 1,09).