O Ibovespa inicia as negociações desta quarta-feira (26) em queda, com o mercado atento à decisão de política monetária dos Estados Unidos. A expectativa é de que o Federal Reserve (Fed) eleve os juros em 0,25 ponto percentual. Além disso, no radar dos investidores está a agência de classificação de risco que elevou a percepção sobre o Brasil devido ao desempenho macroeconômico e fiscal melhor do que o esperado. Por volta das 10h20, o Ibovespa tinha queda de 0,36%, aos 121.569 pontos. Enquanto isso, o dólar tinha queda de 0,21%, sendo negociado a R$ 4,73.
O Federal Reserve deve elevar a taxa de juros nesta quarta-feira, marcando a 11ª alta nas últimas 12 reuniões de política monetária dos EUA e possivelmente um último movimento em sua batalha agressiva para domar a inflação. O aumento, esperado por investidores com quase 100% de probabilidade, elevará a taxa de juros de referência para a faixa de 5,25% a 5,50%. Isso a levará ao nível mais alto desde a abordagem da crise financeira e recessão de 2007-2009.
Dados desde junho reduziram as expectativas de que novos aumentos nos custos de empréstimos serão necessários, com números de inflação mais fracos do que o esperado e informações sobre preços ao produtor e outros aspectos da economia sugerindo que mais moderação está se desenvolvendo.
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A agência de classificação de risco Fitch elevou a nota de crédito soberano do Brasil para “BB”, contra “BB-” antes, com perspectiva estável, atribuindo isso a um desempenho macroeconômico e fiscal melhor do que o esperado. Entre os destaques, a Fitch citou medidas como o avanço do novo arcabouço fiscal e da reforma tributária no Congresso como um desdobramento positivo para a nota de crédito do Brasil.
Temporada de balanços
Além disso, a temporada de balanços de grandes companhias nos EUA e aqui no Brasil ainda segue no radar dos investidores.
O lucro do segundo trimestre da Alphabet superou as expectativas de Wall Street. A empresa relatou um lucro líquido de 1,44 dólar por ação para o período de abril a junho, em comparação com estimativas de 1,34 dólar por papel. A receita do trimestre foi de 74,6 bilhões de dólares, ante estimativa de 72,82 bilhões de dólares, segundo dados da Refinitiv.
A Microsoft superou as estimativas de Wall Street para a receita e o lucro do quarto trimestre, com suas unidades em nuvem se beneficiando das atualizações de produtos com nova tecnologia de inteligência artificial (IA). A receita aumentou para 56,2 bilhões de dólares no trimestre encerrado em junho, em comparação com o consenso dos analistas de 55,5 bilhões de dólares, segundo a Refinitiv. O lucro líquido foi de 2,69 dólares por ação, acima das estimativas de 2,55 dólares por papel.
Por sua vez, o Santander Brasil disse em um comunicado que seu lucro líquido atingiu 2,26 bilhões de reais no período, 5,5% acima do trimestre anterior, mas caindo quase 45% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O Carrefour Brasil registrou queda de 95,2% no lucro líquido ajustado do segundo trimestre frente a igual período do ano anterior, para 29 milhões de reais, afetado pelo impacto financeiro de sua integração com o BIG.
Confira os principais índices:
EUA (futuros):
Dow Jones: -0,31%
S&P 500: -0,23%
Nasdaq: -0,35%
Europa:
DAX (Frankfurt): -1,21%
FTSE100 (Londres): -0,74%
CAC 40 (Paris): -2,15%
Ásia:
Nikkei (Tóquio): +0,01%
Kospi (Coreia): -1,67%
Xangai (China): -0,26%
(Com Reuters)