Nesta terça-feira (4), o Ibovespa caiu 0,43% e fechou a 119.162,86 pontos, totalizando um volume financeiro de R$ 11,45 bilhões. O pregão teve pouca liquidez devido à falta de apoio de Wall Street por conta do feriado de 4 de julho nos Estados Unidos.
No Brasil, o economista e ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, foi aprovado nesta terça-feira (4) em comissão do Senado para assumir a diretoria de Política Monetária do Banco Central, após sabatina em que defendeu que as medidas tomadas pela equipe econômica geraram a perspectiva de flexibilização monetária “em breve”.
“As medidas até aqui implementadas produziram no primeiro semestre a valorização da nossa moeda, previsões de um déficit primário menor, aprovação de uma nova regra fiscal, projeções de crescimento mais elevado, menor inflação e o mercado já projeta taxas de juros mais baixas e cortes na taxa de juros futura”, disse Galípolo aos senadores.
Destaques do dia
Liderando as altas, o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) e a MRV (MRVE3) subiram, respectivamente, 9,94% a R$ 20,35 e 6,96% a R$ 11,99. A MRV avançou após divulgar que a divisão de incorporação teve o melhor trimestre de vendas líquidas da história, totalizando um valor geral de vendas (VGV) de R$ 2,2 bilhões no período de abril a junho, com aumento do tíquete médio. A companhia também está analisando a possibilidade de realizar uma oferta primária de ações.
Na ponta negativa, os papeis da Rede D’Or (RDOR3) e a Hapvida (HAPV3) caíram 3,67% e R$ 32,25 e 2,26% a R$ 4,32.
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No exterior
Na Europa, os mercados acionários ficaram praticamente estáveis com negociações fracas, com a falta de novos dados econômicos da região e a incerteza sobre a direção das taxas de juros globais mantendo os investidores cautelosos. Segundo Lucas de Caumont, da Matriz Capital: “com exceção da Alemanha, que teve uma queda mais acentuada na bolsa por conta da baixa das exportações, os mercados em sua maioria dos países corrigiram levemente por falta de liquidez global, por conta do feriado de 4 de julho nos EUA”.
(Com Reuters)
Confira 5 ações para ficar de olho no segundo semestre
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Ricardo Moraes/Reuters 1º – Vale (VALE3)
Para Heitor Maximiano, da InvestSmart, a Vale apresenta uma combinação de fatores favoráveis. Isso inclui expectativa de aumento nas vendas devido ao estoque parado por chuvas no primeiro trimestre; reabertura chinesa impulsionando a demanda; perspectiva de venda da fatia da unidade de metais básicos para o Fundo PIF da Arábia Saudita e queda no custo de produção da indústria global.
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Divulgação 2º – Arezzo (ARZZ3)
Sem indicar recomendação de compra, Eduardo Cavalheiro, gestor da Rio Verde Investimentos, afirmou que a combinação de juros mais baixos e recuperação do poder de compra da população pode beneficiar empresas de varejo. Ele destacou a Arezzo como uma empresa bem gerida e operacionalmente forte, o que pode impulsionar seus resultados no segundo semestre.
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Divulgação 3º – Simpar (SIMH3)
Para Max Bohm, da Nomos, a Simpar (SIMH3) negocia com desconto em relação à soma das partes – isto é, a subtração da participação do Grupo Simpar em todas as empresas controladas por ele em relação à sua dívida.
“Além disso, a empresa possui relação dívida líquida/Ebitda acima de 3,5x. Assim, em um ambiente de juros altos, ela tem despesas financeiras altas, resultando em um impacto negativo no lucro. Ou seja: menos juros significa menos despesas e lucro voltando a crescer”, afirma Bohm.
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Getty Images 4º – Rede D’Or (RDOR3)
De acordo com a Órama Investimentos, a Rede D’Or é reconhecida por oferecer serviços de alta qualidade, possuir influência significativa na indústria e apresentar um alto volume de vendas.
“Embora a lucratividade de curto prazo seja um desafio para toda a indústria, acredita-se que as margens irão melhorar, o que pode impulsionar uma nova fase de crescimento para a empresa.”
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Divulgação 5º – MRV (MRVE3)
Bohm destaca que o setor de construção civil tem potencial de se beneficiar com a redução da taxa Selic. Para ele, no caso da MRV, a ação está sendo negociada abaixo do seu valor patrimonial, o que representa um múltiplo de apenas 0,8x em relação ao seu patrimônio líquido. “Além disso, o papel da empresa é reconhecido como um dos mais líquidos do setor, atraindo investimentos internacionais”, afirma.
1º – Vale (VALE3)
Para Heitor Maximiano, da InvestSmart, a Vale apresenta uma combinação de fatores favoráveis. Isso inclui expectativa de aumento nas vendas devido ao estoque parado por chuvas no primeiro trimestre; reabertura chinesa impulsionando a demanda; perspectiva de venda da fatia da unidade de metais básicos para o Fundo PIF da Arábia Saudita e queda no custo de produção da indústria global.