Ações europeias desfizeram ganhos no fechamento e encerraram em baixa nesta segunda-feira (3), com a AstraZeneca liderando as quedas entre os papéis de saúde que ofuscaram os ganhos da Generali e de mineradoras impulsionadas por esperanças de mais políticas de estímulo da China.
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 0,21%, a 460,98 pontos, após reverter ganhos de cerca de 0,4%, para começar o primeiro dia da segunda metade do ano com um declínio.
Ações da farmacêutica britânica AstraZeneca despencaram 8,0%, seu pior dia desde março de 2020, depois de analistas apontarem que os benefícios do medicamento experimental da empresa contra o câncer de pulmão podem não ser tão pronunciados quanto o esperado.
O setor de saúde mais amplo caiu 2,0%, liderando as quedas setoriais.
O setor de mineradoras teve os maiores ganhos setoriais, com alta de 2,2%, já que a maioria dos preços dos metais subia na esperança de que o governo da China forneça um pacote de estímulo econômico mais forte depois que uma pesquisa mostrou que a atividade fabril do país desacelerou em junho.
Ações da Assicurazioni Generali atingiram seu nível mais elevado em mais de um ano, com alta de 3,4%, após a notícia de que o regulador de seguros da Itália autorizou a Delfin a aumentar sua participação para mais de 10% na empresa, gerando expectativas de que a batalha dos investidores pelo controle será retomada.
As ações do Mediobanca, que tem a Delfin como seu maior acionista individual, ganharam 1,6%.
As movimentações ajudavam o índice de referência da Itália, o FTSE MIB, que se destacava entra as outras bolsas da região.
O índice estava em seu nível mais alto desde 2008 –nível que também atingiu na sexta-feira (30).