A Usiminas (USIM5) teve lucro líquido de R$ 287 milhões entre abril e o final de junho, queda de 73% sobre o desempenho do mesmo período de 2022 e de quase 50% sobre os três primeiros meses deste ano, mas o resultado veio acima do esperado pelo mercado.
Uma das maiores fornecedoras de aços planos para a indústria automotiva da América Latina, a Usiminas teve geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 366 milhões no segundo trimestre, recuo de 81% na comparação anual.
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O desempenho foi afetado em parte por queda no volume vendido, preços menores de aço e custos e despesas maiores diante da grande reforma do alto forno 3 na usina de Ipatinga (MG), iniciada em abril e que paralisou o equipamento no trimestre. As vendas de aço em volume caíram 11% na comparação anual e 6% na trimestral, para 972 mil toneladas.
A Usiminas afirmou que espera vendas de 900 mil a 1 milhão de toneladas no terceiro trimestre.
Com a queda nas vendas, o faturamento líquido somou R$ 6,89 bilhões, queda de 19% sobre o segundo trimestre do ano passado.
Analistas, em média, esperavam lucro líquido de R$ 265,5 milhões para a Usiminas entre abril e o final de junho, com Ebitda de 576 milhões e receita líquida de 6,9 bilhões, segundo dados da Refinitiv.
A Usiminas investiu R$ 810 milhões no setor de siderurgia no segundo trimestre, quase 50% acima do aplicado no início do ano, dos quais 382 milhões foram usados na reforma do alto forno. A companhia afirmou que espera que o equipamento volte à operação em setembro.
A companhia terminou o semestre com alavancagem de 0,38 vez na relação dívida líquida sobre Ebitda ajustado, ante 0,07 vez no início do ano e 0,05 vez no segundo trimestre de 2022. O caixa somava R$ 4,9 bilhões no final de junho.