Ações da Petrobras sobem 5,70% e impulsionam o Ibovespa

Nesta quarta-feira (23), o Ibovespa subiu 1,56% e fechou a 117.972,97 pontos, marcando a terceira alta do mês de agosto e totalizando um volume financeiro de R$ 20,17 bilhões. Impulsionando o mercado, as ações da Petrobras (PETR3/PETR4) subiram 5,70% e 5,33%, renovando máximas históricas, com os analistas do BTG Pactual e do Bank of America elevando a recomendação dos papéis da companhia para compra.

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Segundo Lucas Almeida, especialista da AVG Capital: “agentes importantes do mercado financeiro melhoraram também a perspectiva sobre a Petrobras, depois que a empresa anunciou um aumento nos preços dos combustíveis, indicando uma maior confiança na empresa e trazendo fatores que possam contribuir para a melhora da visibilidade dos dividendos no futuro da companhia”.

Destaques do dia

Liderando as altas, a São Martinho (SMTO3) e a Eletrobras (ELET3) subiram, respectivamente, 7,45% a R$ 34,74 e 6,78% a R$ 36,52. A São Martinho avançava com a valorização dos preços do açúcar no exterior, diante da expectativa de que a Índia possa proibir exportações do produto pela primeira vez em sete anos. Enquanto a Eletrobras subia após o anúncio da elétrica de que começou estudos para incorporação de sua subsidiária Furnas, conforme busca simplificar estrutura societária e governança.

Na ponta negativa, o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) caiu 19,15% a R$ 6,58, refletindo ajustes atrelados à cisão de parte da participação do grupo varejista alimentar colombiano Éxito por meio de uma redução de capital. Analistas esperam volatilidade para os papéis nesta sessão, mas avaliam que a cisão irá destravar valor no GPA.

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No exterior

Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street subiram com a expectativa da divulgação dos resultados da Nvidia no segundo trimestre. Os investidores esperam para ver se o resultado da fabricante de chips pode reacender um rali impulsionado pela inteligência artificial nas ações de crescimento de megacapitalização.

Além disso, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) divulgado nesta quarta-feira (23) mostrou que a atividade empresarial aproximou-se da estagnação em agosto, com o crescimento no ritmo mais fraco desde fevereiro, uma vez que a demanda por novos trabalhos no vasto setor de serviços contraiu. Segundo Rachel de Sá, da Rico: “com a economia global perdendo fôlego, Bancos Centrais poderão desacelerar o freio dos juros que se tornou marca do último ano, impactando positivamente ativos de maior risco, como ações”.

Na Europa, os índices acionários fecharam no azul, mas abaixo dos maiores níveis do dia, em meio a evidências crescentes de abrandamento da atividade econômica no continente. Uma pesquisa mostrou uma retração mais profunda do que o esperado na atividade empresarial da zona do euro neste mês, com perdas generalizadas, especialmente na Alemanha. Porém, os fortes ganhos da farmacêutica Roche impulsionaram o índice suíço para o maior patamar em uma semana.

(Com Reuters)

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