A inflação subjacente na zona do euro provavelmente atingiu o pico, apontando para um crescimento mais lento em outros preços também, disse o Banco Central Europeu (BCE) nesta sexta-feira (4).
A atualização deve consolidar as expectativas de que o BCE interrompa seu ciclo de nove aumentos consecutivos nos juros já em setembro, uma vez que a inflação subjacente, que filtra os preços mais voláteis, é observada de perto pelas autoridades da zona do euro.
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“As medidas medianas e médias da inflação subjacente sugerem que ela provavelmente atingiu o pico no primeiro semestre de 2023”, disse o BCE em um artigo.
O banco central listou cerca de 10 índices de inflação subjacente – variando de medidas que simplesmente retiram os preços tradicionalmente voláteis de alimentos e energia a outros mais sofisticados que usam modelos matemáticos para focar em componentes persistentes.
A instituição descobriu que a maioria dos índices forneceu um sinal útil de para onde os preços gerais ao consumidor estavam indo no “médio prazo”, um termo deliberadamente vago que geralmente se acredita significar vários anos.
A maioria dessas medidas agora “mostra sinais de atenuação” e a leitura mais recente de julho ficou “bastante alinhada” com as próprias expectativas do BCE, acrescentou o banco central.
Excluindo energia e alimentos não processados, os preços ao consumidor aumentaram 6,6% na zona do euro no mês passado, após um aumento de 6,8% em junho, mostraram dados nesta semana. Excluídos também o álcool e o tabaco, porém, a inflação ficou estável em 5,5% devido à aceleração dos preços dos serviços.
O BCE disse que suas medidas de inflação subjacente ainda estavam em uma ampla faixa entre 2,9% e 6,9% em junho, mas aquelas com maior poder de previsão estão “na metade inferior da faixa”.
O BCE visa oficialmente a inflação geral, que ficou em 5,3% em julho – abaixo do mês anterior, mas ainda muito longe do objetivo de 2% do banco central.