O Ibovespa começou o pregão desta terça-feira (1) em queda, e os investidores estão atentos à reunião de dois dias do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que decidirá sobre a taxa básica de juros. Também estão observando as movimentações políticas com o retorno das atividades no Congresso Nacional após o recesso de meio do ano. Por volta das 10h20, o índice apresentava uma queda de 0,56%, atingindo 121.913 pontos. Enquanto isso, o dólar apresentava alta de 0,93%, sendo negociado a R$ 4,77.
O mercado prevê um corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros esta semana. A pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central na segunda-feira (31) mostrou que os analistas consultados continuam acreditando que a autoridade monetária iniciará um processo de afrouxamento monetário na quarta-feira (2), reduzindo a taxa Selic dos atuais 13,75% para 13,50%.
No âmbito político, o Congresso Nacional retoma suas atividades nesta semana, e o governo optou por priorizar esforços na discussão de leis orçamentárias e na CPI mista que investiga os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, enquanto as negociações sobre a maior participação do centrão no Executivo ainda estão em andamento.
Leia Também:
- Mercado vê corte de 0,25 p.p. nos juros esta semana e Selic mais baixa em 2024
- Saiba o que pode ocorrer com os juros no Brasil
Quanto aos indicadores econômicos, o setor industrial brasileiro apresentou uma surpresa positiva ao registrar alta na produção em junho pelo segundo mês consecutivo. Entretanto, apesar desse avanço, ainda não conseguiu recuperar as perdas anteriores, em meio às dificuldades causadas pelo encarecimento do crédito. Em junho, a produção industrial avançou 0,1% em relação ao mês anterior, contrariando a expectativa de uma queda de 0,1% conforme previsto em pesquisa da Reuters.
Mercado internacional
A atividade industrial na China registrou uma contração em julho, de acordo com uma pesquisa do setor privado divulgada nesta terça-feira. As empresas apontaram as condições fracas do mercado, tanto no país como no exterior, como principais responsáveis pela deterioração da oferta, da demanda e dos pedidos de exportação.
O PMI (Índice de Gerentes de Compras) da indústria do Caixin/S&P Global caiu para 49,2 em julho, comparado a 50,5 em junho. Essa leitura ficou abaixo das previsões dos analistas, que esperavam um valor de 50,3, e marcou o primeiro declínio na atividade industrial desde abril. É importante mencionar que a marca de 50 pontos é o limiar que separa o crescimento da contração na atividade industrial.
Da mesma forma, a atividade industrial na zona do euro também registrou contração em julho, apresentando o ritmo mais rápido de retração desde o início da pandemia de Covid-19. Apesar das fábricas terem reduzido seus preços, a demanda caiu significativamente. O PMI da indústria da zona do euro, compilado pela S&P Global, diminuiu para 42,7 em julho, em comparação a 43,4 em junho. Essa leitura é a mais baixa desde maio de 2020. Novamente, é importante notar que uma leitura abaixo de 50 indica uma contração na atividade industrial.
Confira os principais índices:
EUA (futuros):
Dow Jones: -0,31%
S&P 500: -0,44%
Nasdaq: -0,58%
Europa:
DAX (Frankfurt): -0,91%
FTSE100 (Londres): -0,32%
CAC 40 (Paris): -0,82%
Ásia:
Nikkei (Tóquio): +0,79%
Kospi (Coreia): +1,31%
Xangai (China): +0,02%
(Com Reuters)