O Ibovespa apresenta uma leve queda na manhã desta sexta-feira (25) enquanto aguarda o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no Simpósio de Jackson Hole. Nesse evento, Powell deve fornecer orientações sobre o futuro das taxas de juros nos Estados Unidos. Além disso, os investidores estão analisando os indicadores econômicos nacionais, com atenção especial para a prévia da inflação. Por volta das 10h20, o Ibovespa registrava uma baixa de 0,12%, chegando a 117.161 pontos. Enquanto isso, o dólar apresentava uma queda de 0,20%, sendo negociado a R$ 4,86.
O mercado está à espera de uma mensagem hawkish (agressiva), que possivelmente não descartará a possibilidade de um novo aumento das taxas de juros pelo Federal Reserve ainda este ano. Além disso, espera-se que Powell confirme a perspectiva de que os juros nos Estados Unidos podem permanecer elevados por um período prolongado.
Leia também:
- Enfim o discurso de Jerome Powell
- IPCA-15 sobe mais que o esperado em agosto com pressão de energia elétrica
No cenário brasileiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) apresentou um aumento de 0,28%. Esse índice havia praticamente estagnado nos últimos dois meses, com uma queda de 0,07% em julho e um aumento de 0,04% em junho. A prévia da inflação oficial subiu mais do que o esperado em agosto, principalmente devido aos custos da energia elétrica. Com isso, a taxa acumulada em 12 meses voltou a ultrapassar a marca de 4%.
Essa leitura do IPCA-15 ficou bem acima das expectativas, que eram de um avanço de 0,17%, segundo pesquisa da Reuters.
“O dado veio ruim, energia elétrica voltou a subir e foi o item que teve o maior impacto no índice. Outro destaque negativo foi a alta nos núcleos. O setor de serviços subjacentes voltou a acelerar, e isso esvazia apostas de cortes de juros mais agressivos na Selic por parte do Copom, que deve seguir o plano de cortes de 0,50% ao longo das próximas reuniões”, diz André Fernandes, da A7 Capital.
Paralelamente, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), elaborado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve um aumento de 2,0 pontos neste mês, chegando a 96,8 pontos. Esse é o nível mais alto desde fevereiro de 2014, quando o índice atingiu 97,0 pontos. A confiança do consumidor apresenta sua quarta alta consecutiva em agosto, chegando ao patamar mais elevado em mais de 9 anos. Isso reflete a melhoria da situação macroeconômica e as medidas governamentais para reduzir o endividamento das famílias.
Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram
Ainda em relação à economia brasileira, o país registrou um déficit em transações correntes menor do que o esperado em julho. Durante esse mês, o déficit nas transações correntes ficou em 3,6 bilhões de dólares, superando as expectativas de uma queda de 4,0 bilhões de dólares, de acordo com uma pesquisa da Reuters com especialistas. No mesmo mês de 2022, o déficit havia sido de 5,285 bilhões de dólares.
Confira os principais índices:
EUA (futuros):
Dow Jones: +0,47%
S&P 500: +0,39%
Nasdaq: +0,24%
Europa:
DAX (Frankfurt): +0,59%
FTSE100 (Londres):+0,64%
CAC 40 (Paris): +0,82%
Ásia:
Nikkei (Tóquio): -2,01%
Kospi (Coreia): -0,73%
Xangai (China): -0,59%
(Com Reuters)