Os mercados financeiros estão apostando que as autoridades do Federal Reserve podem estar mais inclinadas a deixar que o aumento da taxa de juros na semana passada tenha sido o último, depois que um relatório do governo dos Estados Unidos nesta sexta-feira (4) apontou para um arrefecimento ainda maior no mercado de trabalho.
Os operadores de juros futuros veem agora que o Fed deixará sua meta para os juros na faixa de 5,25% a 5,5% em suas próximas reuniões. Os contratos não precificam mais do que 30% de chance de outro aumento da taxa até o final do ano, abaixo dos 35% de antes do relatório sobre emprego.
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O banco central dos EUA elevou os juros em 11 de suas últimas 12 reuniões para combater a inflação elevada ao desacelerar a economia.
Dados desta sexta-feira, mostrando que os empregadores contrataram menos trabalhadores do que o esperado no mês passado, amplia as evidências de que o esforço está dando certo.
Ainda assim, o relatório também mostrou um aumento de 4,4% no salário médio por hora em relação ao ano anterior, e a taxa de desemprego caiu para 3,5%, ambos sinais de que o mercado de trabalho continua apertado.
“No geral, o relatório de emprego de julho não deve mudar a tendência ‘hawkish’ do Fed, mas as autoridades vão querer ver o relatório de emprego de agosto e as próximas duas leituras mensais de inflação antes de decidir se podem permanecer em espera ou se novos aumentos de juros são necessários para esfriar a demanda por mão de obra e as pressões inflacionárias”, escreveu a economista-chefe da Nationwide, Kathy Bostjancic.