O primeiro ano de crescimento da economia brasileira após a recessão de 2015 marcou também o início da aceleração da corretora BGC Liquidez, focada no investidor institucional. A empresa passou por uma reestruturação. Com isso, os resultados mudaram de um prejuízo de R$ 11 milhões em 2017 para um lucro líquido de R$ 44,5 milhões em 2022. Nesse período, a rentabilidade patrimonial (ROE) passou de -29% para 46%, e o crescimento das receitas tem sido, em média, 15% ao ano.
A estratégia do CEO Ermínio Lucci para isso incluiu uma redução agressiva de custos, contratação de profissionais e diversificação de receitas, por meio da criação novas verticais de negócios. Entre as contratações estão dois executivos com passagens pelo Governo Federal.
Um deles é Daniel Leal, estrategista de Renda Fixa. Por nove anos ele foi coordenador de operações da Dívida Pública (Codip) no Tesouro Nacional. No governo, ele também foi responsável pelo planejamento estratégico, pela gestão e pela execução de emissões brasileiras nos mercados doméstico e internacional.
O outro é Daniel Cunha, estrategista-chefe que ocupava a mesma posição no BTG Pactual. Antes, Cunha foi diretor da Secretaria de Privatização do Ministério da Economia. Entre suas funções na corretora está a expansão da cobertura macro e política voltada para os principais investidores institucionais locais e estrangeiros.
Os resultados são o relatório de acompanhamento dos leilões semanais do Tesouro Nacional e as pesquisas pré e pós Comitê de Política Monetária (Copom), feitas junto a clientes institucionais, que respondem por cerca de 60% das operações e são um termômetro importante de movimentos e expectativas.
No segundo trimestre, a BGC contratou profissionais para a cobertura de debêntures e renda fixa privada, entre eles Rodrigo Betti e Felipe Basile, egressos da XP. “As contratações reforçam nosso compromisso em prover cada vez mais suporte para nossos clientes nas suas decisões de investimento”, diz Lucci.
A BGC Liquidez é a subsidiária brasileira da americana BGC Group uma das maiores corretoras de valores do mundo, com receitas anuais de mais de US$ 2 bilhões e presente em mais de 20 países.