O presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams, disse nesta sexta-feira (29) que o banco central dos Estados Unidos pode ter acabado com os aumentos da taxa básica, já que as pressões inflacionárias, embora ainda elevadas, estão voltando para a meta oficial de 2%.
“Minha avaliação atual é que estamos no nível máximo da faixa de meta para a taxa básica de juros, ou próximos a isso”, disse Williams em discurso em texto. “Espero que precisemos manter uma postura restritiva da política monetária por algum tempo para restaurar totalmente o equilíbrio entre a demanda e a oferta e trazer a inflação de volta aos níveis desejados.”
Leia também
- Ibovespa sobe com inflação dos EUA e taxa desemprego no Brasil no radar
- Bilionário Bernard Arnault é investigado por suposta lavagem de dinheiro
No entanto, Williams destacou que, como a incerteza sobre o futuro continua alta, “nossas decisões, como sempre, serão guiadas pelos dados, com os olhos bem voltados para nossos objetivos”.
Nesta sexta-feira (29), o governo norte-americano informou que o núcleo do índice PCE, que não inclui os custos de alimentos e energia, aumentou 3,9% em agosto em relação ao mesmo mês do ano anterior, em comparação com o aumento de 4,3% registrado em julho. O aumento ano a ano no índice geral de preços de PCE foi de 3,5%, em comparação com o aumento de 3,4% registrado em julho.
“Embora a inflação tenha diminuído em relação ao pico atingido no ano passado, ela ainda é muito alta”, disse Williams. Ele acrescentou que “a estabilidade de preços é o alicerce sobre o qual se assentam nossa prosperidade e estabilidade econômicas”.
Williams afirmou em seus comentários que espera estar “chegando perto” de uma inflação de 2% em 2025. Este ano, ele disse que a inflação ficará em 3,25%, em queda para 2,5% no próximo ano.
Quanto às contratações, o presidente do banco regional disse que o mercado de trabalho está se equilibrando melhor. Em comparação com a atual taxa de desemprego, de 3,8%, ele acredita que este indicador aumentará para um pouco mais de 4% no próximo ano. Com relação ao crescimento, ele afirmou que vê o Produto Interno Bruto em 1,25% em 2024.