As primeiras negociações do mercado financeiro de setembro começaram em alta, com o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil do segundo trimestre deste ano superando as expectativas. O mercado também está reagindo aos dados de empregos dos Estados Unidos, que vieram levemente acima do esperado. Por volta das 10h20 desta sexta-feira (01), o Ibovespa está operando em alta de 0,40%, atingindo 116.200 pontos. Enquanto isso, o dólar está em queda de 0,88%, sendo negociado a R$ 4,90.
A economia do Brasil cresceu muito mais do que o esperado no segundo trimestre, graças ao forte desempenho dos setores de serviços e indústria. No entanto, ainda registrou uma forte desaceleração em relação ao ritmo do início do ano. O PIB brasileiro cresceu 0,9% no segundo trimestre, em comparação com os três meses anteriores, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse resultado para o período entre abril e junho superou significativamente a expectativa da pesquisa da Reuters, que previa um avanço de 0,3%.
Embora esse seja o oitavo trimestre consecutivo com crescimento econômico, ainda mostra uma forte desaceleração em relação à expansão de 1,8% do PIB no primeiro trimestre.
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“É preciso ficar atento a essa desaceleração na margem que tivemos. Apesar de ter superado as expectativas em termos de crescimento, não podemos descartar a possibilidade de uma contínua desaceleração nos próximos trimestres, o que poderia afetar a arrecadação e, consequentemente, a situação fiscal”, afirma Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.
No cenário internacional, chama a atenção do mercado o relatório de empregos dos EUA, o Payroll, que mostrou que a economia americana criou 187 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola em agosto, ligeiramente acima das expectativas. Os analistas esperavam a criação de 170 mil vagas no mês.
Mercado internacional
A contração da produção industrial da zona do euro diminuiu no mês passado, sugerindo que o pior pode ter passado para as fábricas do bloco, embora a demanda tenha enfraquecido para o nível mais baixo em quase um ano, segundo uma pesquisa nesta sexta-feira.
A Alemanha, a maior economia da Europa, permaneceu como uma exceção negativa, provavelmente alimentando a discussão sobre ser o integrante doente da região, embora seja uma das economias mais diversificadas.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI) final do HCOB para o setor industrial da zona do euro, compilado pela S&P Global, subiu para 43,5 em agosto, máxima de três meses, em comparação com 42,7 em julho, mas abaixo da leitura preliminar de 43,7. A marca de 50 separa crescimento de contração.
Por sua vez, a atividade industrial da China surpreendeu e voltou a crescer em agosto, mostrou uma pesquisa do setor privado nesta sexta-feira, com oferta, demanda interna e emprego melhorando, o que sugere que os esforços do governo para reanimar o crescimento podem estar a ter algum efeito. O PMI para a indústria da China subiu para 51,0 em agosto, de 49,2 em julho, superando as previsões dos analistas de 49,3 e marcando a leitura mais alta desde fevereiro. A marca de 50 separa crescimento de contração.
Confira os principais índices:
EUA (futuros):
Dow Jones: +0,46%
S&P 500: +0,59%
Nasdaq: +0,63%
Europa:
DAX (Frankfurt): -0,10%
FTSE100 (Londres):+0,54%
CAC 40 (Paris): +0,26%
Ásia:
Nikkei (Tóquio): +0,41%
Kospi (Coreia): +0,29%
Xangai (China): +0,43%
(Com Reuters)