O empresário egípcio Mohamed Al-Fayed, ex-dono da loja de departamentos Harrods e do clube inglês Fullham FC, morreu aos 94 anos, conforme anunciou o Fullham em comunicado nesta sexta-feira (1). A morte, no entanto, aconteceu na última quarta.
“A Sra. Mohamed Al-Fayed, os seus filhos e netos desejam confirmar que o seu amado marido, pai e avô, Mohamed, faleceu pacificamente de velhice na quarta-feira, 30 de agosto de 2023″, disse o clube. “Ele desfrutou de uma aposentadoria longa e plena, cercado por seus entes queridos. A família pede que sua privacidade seja respeitada neste momento”.
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A morte do bilionário, que tinha fortuna estimada em US$ 2 bilhões (cerca de R$ 9,9 bilhões, na cotação atual) pela Forbes, acontece quase 26 anos depois do acidente de carro que matou o filho mais velho dele, Dodi Al-Fayed, e a princesa Diana, com quem Dodi namorava, em 1997.
Trajetória
Mohamed Al-Fayed nasceu em Alexandria, no Egito, em 1929. Filho de uma professora, ele lançou o próprio negócio de transporte marítimo em seu país natal e, depois, se tornou conselheiro de um dos homens mais ricos do mundo à época, o Sultão do Brunei, em 1966.
Se mudou para o Reino Unido na década de 1970 e, em 1975, se juntou ao conselho da mineradora Lonhro, função que exerceu por apenas nove meses. Anos mais tarde, junto ao irmão, Ali, comprou o Paris Ritz Hotel. O próximo passo dos irmãos foi comprar a Harrods em oferta pública de aquisição por £ 615 milhões, em 1985, que foi vendida em 2010 para a Qatar Holding.
Antes disso, em 1997, o empresário adquiriu o Fulham, clube de futebol do oeste de Londres, por £ 6,25 milhões. Mas, em 2013, o vendeu para bilionário norte-americano Shahid Khan por US$ 300 milhões.
Pai de Dodi Al-Fayed
Al-Fayed se casou com a socialite e ex-modelo finlandesa Heini Wathén em 1985, com quem teve outros quatro filhos: Jasmine, Karim, Camilla e Omar. Após a morte de Dodi, ele travou uma longa batalha para provar que o acidente com a princesa Diana não foi apenas um acidente, e sim uma “obra” orquestrada por serviços de segurança britânicos.
A teoria do empresário, no entanto, foi refutada pela polícia francesa, que concluiu que a batida realmente se tratou de um acidente causado por excesso de velocidade e de álcool no sangue do condutor do veículo, Henri Paul.
Mohamed Al-Fayed e Diana se tornaram amigos devido a patrocínio de instituições de caridade e eventos com a presença de membros da família real.