Os recorrentes saques na poupança neste ano acontecem em um cenário de juros elevados, que reduz a competitividade da poupança frente a outros investimentos
A caderneta de poupança registrou em agosto saques líquidos pelo segundo mês seguido e no maior volume desde maio, mostraram dados do Banco Central divulgados nesta sexta-feira (8).
A aplicação financeira mais procurada pelos brasileiros teve retirada líquida de R$ 10,075 bilhões no mês passado, contra saques de R$ 3,581 bilhões em julho, marcando o maior volume desde os R$ 11,747 bilhões retirados em maio.
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Neste ano, a poupança registrou depósitos líquidos somente no mês de junho. Em agosto de 2022 houve saques de R$ 22,016 bilhões.
No mês passado, os saques superaram os depósitos no SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) em R$ 8,470 bilhões. Já na poupança rural, as retiradas líquidas foram de R$ 1,605 bilhão.
Os recorrentes saques na poupança neste ano acontecem em um cenário de juros elevados, que reduz a competitividade da poupança frente a outros investimentos.
No começo de agosto, o Banco Central iniciou um ciclo de afrouxamento monetário ao cortar a taxa básica Selic em 0,5 ponto percentual, a 13,25%. A autoridade monetária volta a se reunir em 19 e 20 de setembro, com expectativa de nova redução pela mesma magnitude.
