O bilionário Bernie Ecclestone se declarou culpado por fraude nesta quinta-feira (12), depois que promotores britânicos do Crown Prosecution Service o acusaram de esconder centenas de milhões de dólares em ativos no exterior, sendo o mais recente de uma série de escândalos envolvendo o polêmico ex-chefe da Fórmula 1.
O empresário de 92 anos admitiu a fraude depois de não ter declarado um fundo em Cingapura que continha cerca de US$ 650 milhões às autoridades fiscais britânicas em 2015. “Eu me declaro culpado”, disse Ecclestone a um juiz no Tribunal da Coroa de Southwark, em Londres, de acordo com relatos de notícias.
Fórmula 1: as dez equipes mais valiosas em 2023
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Dab Mullan/ Getty Images #1
Ferrari
Valor: US$ 3,9 bilhões
Receita 2023: US$ 680 milhões (estimativa)
Ebitda 2023: US$ 115 milhões (estimativa)
Líder: Frédéric VasseurA Ferrari é sinônimo de Fórmula 1, tendo competido na categoria desde sua temporada inaugural, em 1950. A equipe está atualmente em quarto lugar na classificação, mas ganhou 16 campeonatos – sete a mais do que qualquer outro.
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Vince Mignott/Getty Images #2
Mercedes
Valor: US$ 3,8 bilhões
Receita 2023: US$ 700 milhões (estimativa)
Ebitda 2023: US$ 192 milhões (estimativa)
Líder: Toto WolffDepois de assumir a marca Mercedes para a temporada de 2010, a equipe teve uma das trajetórias mais dominantes da história do esporte, vencendo oito campeonatos de construtores consecutivos de 2014 a 2021. Atrás do piloto estrela Lewis Hamilton e do promissor George Russell, a empresa está de volta ao segundo lugar na classificação de 2023, após um decepcionante terceiro lugar no ano passado.
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Vince Mignott/Getty Images #3
Red Bull Racing
Valor: US$ 2,6 bilhões
Receita 2023: US$ 510 milhões (estimativa)
Ebitda 2023: US$ 85 milhões (estimativa)
Líder: Christian HornerA Red Bull quebrou a sequência de vitórias da Mercedes ao conquistar o campeonato de construtores no ano passado e quase garantiu a repetição do título, com Max Verstappen vencendo oito das dez corridas em 2023 – e seu companheiro de equipe Sergio Pérez conquistando as outras duas.
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Mark Thompson/Getty Images #4
McLaren
Valor: US$ 2,2 bilhões
Receita 2023: US$ 490 milhões (estimativa)
Ebitda 2023: US$ 58 milhões (estimativa)
Líder: Andrea StellaA McLaren se recuperou de um início de temporada difícil com uma exibição promissora no Grande Prêmio da Inglaterra neste mês, com Lando Norris correndo para terminar em segundo lugar. Entre as equipes atuais, apenas a Ferrari está na categoria há mais tempo do que a McLaren, que estreou em 1966.
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Peter Fox/Getty Images #5
Alpine
Valor: US$ 1,4 bilhão
Receita 2023: US$ 325 milhões (estimativa)
Ebitda 2023: US$ 50 milhões (estimativa)
Líder: Otmar SzafnauerNova denominação da Renault e ainda controlada pela montadora, a Alpine foi notícia recentemente com a venda de uma participação minoritária significativa para RedBird Capital Partners e Otro Capital. Os investidores também incluíram três atores de Hollywood: Wrexham A.F.C. os proprietários Ryan Reynolds e Rob McElhenny e a estrela de Creed, Michael B. Jordan.
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Dan Istitene/Getty Images #6
Aston Martin
Valor: US$ 1,375 bilhão
Receita 2023: US$ 290 milhões (estimativa)
Ebitda 2023: US$ 32 milhões (estimativa)
Líder: Mike KrackA Aston Martin contratou Fernando Alonso antes desta temporada e é vista como equipe em ascensão, ficando em terceiro na classificação de construtores em 2023 com uma lista de patrocínios valiosos.
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Peter Fox/Getty Images #7
AlphaTauri
Valor: US$ 1,125 bilhão
Receita 2023: US$ 260 milhões (estimativa)
Ebitda 2023: US$ 20 milhões (estimativa)
Líder: Franz TostUma das duas equipes de F1 pertencentes à Red Bull, a AlphaTauri está sendo reestruturada. A reformulação da marca está prevista para 2024 e o chefe da equipe Franz Tost deve ser substituído pelo diretor de corrida da Ferrari, Laurent Mekies. Em uma surpresa neste mês, a equipe trouxe Daniel Ricciardo para substituir o piloto Nyck de Vries pelo resto da temporada.
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Paul Crock/Getty Images #8
Alfa Romeo
Valor: US$ 900 milhões
Receita 2023: US$ 210 milhões (estimativa)
Ebitda 2023: US$ 25 milhões (estimativa)
Líder: Alessandro Alunni BraviA equipe deve abandonar o nome Alfa Romeo no ano que vem, antes de mudar sua denominação para Audi em 2026. A montadora alemã comprou uma participação minoritária na equipe em janeiro e também entrará na série como fabricante de motores em 2026, quando novas regras exigirão carros para funcionar com combustíveis sustentáveis com mais participação da energia elétrica.
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Michael Potts/Getty Images #9
Haas
Valor: US$ 780 milhões
Receita 2023: US$ 180 milhões (estimativa)
Ebitda 2023: US$ 2 milhões (estimativa)
Líder: Guenther SteinerA Haas é a equipe mais jovem da F1, tendo entrado na categoria em 2016, e a única sediada nos Estados Unidos, com sede no mesmo local da equipe Nascar do fundador Gene Haas, em Kannapolis, Carolina do Norte. (A empresa também tem instalações na Inglaterra e na Itália.) A Haas tem um novo contrato de patrocínio de título em 2023 com a MoneyGram, depois de abandonar o Uralkali da Rússia em março de 2022, após a invasão da Ucrânia.
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Dan Istitene/Getty Images #10
Williams
Valor: US$ 725 milhões
Receita 2023: US$ 160 milhões (estimativa)
Ebitda 2023: US$ – 5 milhões (estimativa)
Líder: James Vowles
A Williams está entre as equipes mais célebres da F1, tendo se juntado à categoria em 1977 e conquistado nove campeonatos de construtores, o segundo maior depois da Ferrari. O último desses títulos veio em 1997, no entanto, e a equipe passou por alguns anos difíceis desde então. Ainda assim, uma infraestrutura impressionante e a escassez de equipes de Fórmula 1 elevaram sua avaliação recentemente.
#1
Ferrari
Valor: US$ 3,9 bilhões
Receita 2023: US$ 680 milhões (estimativa)
Ebitda 2023: US$ 115 milhões (estimativa)
Líder: Frédéric Vasseur
A Ferrari é sinônimo de Fórmula 1, tendo competido na categoria desde sua temporada inaugural, em 1950. A equipe está atualmente em quarto lugar na classificação, mas ganhou 16 campeonatos – sete a mais do que qualquer outro.
Ecclestone foi acusado no ano passado após uma investigação complexa realizada pela agência fiscal britânica HMRC. O bilionário, que havia anteriormente se declarado inocente da acusação de fraude, estava programado para enfrentar julgamento por essa acusação em novembro.
Os promotores informaram ao tribunal que Ecclestone havia declarado apenas um trust em nome de suas filhas às autoridades fiscais e as enganou ao afirmar que não tinha ligações com outros trusts, apesar de não estar claro quanto à estrutura de propriedade e se elas eram passíveis de impostos. Sem o conhecimento dessas informações, os promotores argumentaram que a resposta de Ecclestone era conscientemente “falsa ou enganosa” e poderia ter impedido as autoridades de prosseguir com qualquer investigação em seus assuntos fiscais.
Ecclestone supostamente chegou a um acordo com a HMRC na segunda-feira (9) para pagar 652,6 milhões de libras (US$ 803 milhões) para cobrir 18 anos fiscais.
Trajetória
Ecclestone liderou a Fórmula 1 por quatro décadas e transformou o esporte de nicho em um fenômeno global. Durante esse período, e apesar de vender a maior parte de sua participação nos anos 1990, ele controlou o esporte e os negócios, saindo do comando em 2017, quando a Liberty Media comprou a F1 por US$ 4,4 bilhões.
Em 2022, foi preso no Brasil depois que uma arma foi encontrada em sua bagagem em um aeroporto. Depois, elogiou o presidente russo Vladimir Putin, chamando-o de “pessoa de primeira classe” pela qual “tomaria uma bala”, mas posteriormente se desculpou e enfatizou que não apoia a invasão da Ucrânia pelo país.
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Ele também se desculpou por comentários desagradáveis sobre Adolf Hitler, foi acusado de subornar um banqueiro na Alemanha – sendo posteriormente inocentado após resolver o caso nos tribunais – e afirmou que a Fórmula 1 estava “muito ocupada” para lidar com o racismo. Além disso, esteve no centro de um grande escândalo de doações políticas na Grã-Bretanha na década de 1990.
De acordo com o rastreador em tempo real da Forbes, o patrimônio líquido de Bernie Ecclestone é de US$ 2,9 bilhões (R$ 14,6 bilhões).