A China promoverá uma recuperação econômica sustentada, concentrando-se na expansão da demanda doméstica e, ao mesmo tempo, afastando os riscos financeiros, disse o presidente do Banco do Povo da China, Pan Gongsheng, em um relatório publicado neste sábado (21).
O banco central tornará sua política mais “precisa e vigorosa”, ao mesmo tempo em que orientará as instituições financeiras a cortar as taxas reais de empréstimo e reduzir os custos de financiamento para empresas e indivíduos, disse Pan no relatório publicado no site do banco.
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O relatório é significativo porque é a primeira vez que o presidente comenta sobre a política após a publicação dos dados econômicos do terceiro trimestre. Ele descreve as prioridades de curto prazo das autoridades e foi entregue ao Parlamento do país.
Pan disse que seriam feitos esforços para ativar os mercados de capitais e aumentar a confiança dos investidores. Ele também se comprometeu a “implementar ajustes de política macro em resposta às mudanças na situação econômica, fortalecer efetivamente a supervisão financeira, concentrar-se na expansão da demanda doméstica, aumentar a confiança e prevenir riscos e promover uma recuperação sustentada da economia”.
A economia da China cresceu a uma taxa mais rápida do que a esperada no terceiro trimestre, enquanto o consumo e a atividade industrial em setembro também surpreenderam positivamente, sugerindo que uma recente enxurrada de medidas está ajudando a reforçar uma tentativa de recuperação.
O país manterá o iuan estável, evitará o risco de flutuações anormais nos fluxos de fundos internacionais e manterá a estabilidade no mercado de câmbio, disse Pan. O país impulsionará firmemente seu esquema de internacionalização do iuan, estabelecerá um sistema de alerta e controle de riscos para investimentos no exterior e protegerá os ativos em moeda estrangeira do país, acrescentou.
Também orientará as instituições financeiras para ajudar a resolver os riscos da dívida do governo local, disse ele. Pan também disse no relatório que a China resolverá o risco de inadimplência dos títulos de grandes empresas imobiliárias, evitando o contágio de riscos nos mercados de ações, títulos e câmbio e garantindo a operação estável dos mercados financeiros.