O Censo Demográfico de 2022, que teve novos resultados divulgados na sexta-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra que as mulheres são, pela primeira vez em cinco décadas, maioria em todas as grandes regiões do Brasil. Apesar de ser maior em número, a equidade de gênero no meio corporativo ainda não foi atingida no Brasil, e ainda tem um longo caminho a percorrer.
Porém, é possível perceber alguns avanços nos últimos anos. A participação feminina na presidência e em outros cargos de liderança cresceu de 2019 a 2022, segundo o Panorama Mulheres 2023, estudo feito pelo Talenses Group com o Insper. No período, as mulheres passaram de 13% para 17% dos CEOs do país. Em 2022, 34% delas ocupavam a cadeira de vice-presidente e 21% de conselheiros.
Para contribuir com um futuro ainda mais igualitário e em homenagem ao Dia Nacional do Livro, Forbes conversou com seis executivas que indicaram quais obras mais influenciaram em suas carreiras para você se inspirar. Confira:
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Ana Isabel Carvalho Pinto, co-fundadora do Icomm Group e Shop2gether
Obra: Pra vida toda valer a pena viver: “Pequeno manual para envelhecer com alegria”, de Ana Claudia Quintana Arantes
Motivo: “O livro nos relembra que, seremos na velhice exatamente o resultado do que construímos em vida e nos faz refletir sobre qual legado queremos deixar e olhar com planejamento para o longo prazo. Foi muito importante para me ajudar no processo da perda do meu pai em 2023 e no amadurecimento das minhas expectativas sobre o envelhecer e sobre a minha jornada, tanto na vida pessoal como profissional”, afirma Carvalho Pinto.
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Emily Ewell, CEO e cofundadora da Pantys
Obra: “Capitalismo Consciente: como libertar o espírito heroico dos negócios”, de John Mackey
Motivo: “Eu amo o livro Capitalismo Consciente porque ele articula de forma brilhante uma visão de negócios que vai além dos lucros. Ele enfatiza o poder transformador das empresas
orientadas por propósitos, que priorizam não apenas o sucesso financeiro, mas também o
bem-estar de todos os stakeholders envolvidos. O livro ilustra como as empresas podem ser
uma força do bem na sociedade, promovendo uma cultura de confiança, empatia e
sustentabilidade. Capitalismo Consciente é um manifesto por uma abordagem mais ética e
compassiva do capitalismo, tornando-se leitura obrigatória para quem busca um futuro mais
brilhante e sustentável para os negócios e a sociedade”, diz Ewell. -
Karla Felmanas, vice-presidente da Cimed
Obra: “A regra é não ter regras: A Netflix e a cultura da reinvenção”, de Reed Hastings,
cofundador e Erin MeyerMotivo: “Esse livro me impactou com a história da construção do império Netflix, que tem um modelo de gestão super parecido com o da Cimed, inovador e ágil, e me inspirou ainda mais a
continuar seguindo esse caminho com foco e dedicação, não só nos negócios, mas também
em outras esferas da vida. A obra permeia pontos bem interessantes para líderes, como:
forte crescimento, agilidade na tomada de decisões, aposta na criatividade, flexibilidade,
valorização dos melhores talentos e ter uma cultura de feedback sincero constante. Uma
aula de empreendedorismo e sucesso”, conta. -
Ligia Buonamici, CEO da Liz Lingerie
Obra: “Eu, Malika Oufkir, prisioneira do rei”, de Malika Oufkir
Motivo: “‘Eu, Malika Oufkir, prisioneira do rei’ é uma história verídica, que se passa no século XX, em que a personagem principal, que fazia parte da alta sociedade do Marrocos, de repente, se vê prisioneira junto a sua família durante 20 anos. O fato de ela ter conseguido não só se manter viva e com a mente sã, como também preservar as vidas de seu irmão e de sua mãe e, posteriormente escapar, foi extremamente impactante em relação ao impacto do poder do feminino para mim. Foi um exemplo de força para aqueles momentos em que nos pegamos trabalhando, construindo uma carreira, cuidando da vida pessoal, da casa e de tantas outras coisas que queremos. Ao me deparar com uma história tão impactante, coloquei em perspectiva a forma como enxergava as dificuldades do dia a dia. Então, absorvi o fato de que a mulher, com a sua força, pode tudo”, afirma Buonamici.
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Patricia Lima, fundadora e CEO da Simple Organic
Obra: “Caixa Preta”, de Luiza Brasil
Motivo: “A minha indicação é com foco na autora e tudo que ela representa, porque quando tenho tempo, aproveito para ler pessoas que me inspiram. A Luiza Brasil é uma delas, admiro a
forma como ela utiliza sua voz a favor das causas que acredita. Gosto ainda da leveza e da
criatividade com que ela aborda os temas como ativismo racial e feminismo negro. Ela faz com que o leitor tenha uma leitura fluida e fácil. É possível ouvir a voz da Luiza quando estamos lendo. Acredito que o livro seja a materialização dessa potência que ela é e faz
com que o leitor reflita sobre temas super relevantes”, diz.Ainda dentro do tema de mulheres inspiradoras, Lima indica duas leituras atuais e que abrem a mente: “O despertar da mulher exausta”, de Marcela Ceribelli e “Doce Jornada”, de Thais Roque. “Ambos trazem olhares atuais e modernos, dentro das suas linhas editoriais”, complementa.
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Sandra Chayo, sócia-diretora do Grupo HOPE
Obra: “Start Up Nation: A História do Milagre Econômico de Israel”, de Dan Senor e Saul Singer.
Motivo: “A capacidade de Israel de transformar seus desafios em oportunidades e prosperar é, sem dúvida, inspiradora. É uma prova de como a resiliência e a determinação podem superar obstáculos consideráveis. Os autores, Dan Senor e Saul Singer, destacam a resiliência de Israel e seu foco na educação, cultura e colaboração para promover o empreendedorismo. É uma leitura valiosa para quem se interessa por empreendedorismo, inovação e estratégia econômica”, afirma Chayo.
Ana Isabel Carvalho Pinto, co-fundadora do Icomm Group e Shop2gether
Obra: Pra vida toda valer a pena viver: “Pequeno manual para envelhecer com alegria”, de Ana Claudia Quintana Arantes
Motivo: “O livro nos relembra que, seremos na velhice exatamente o resultado do que construímos em vida e nos faz refletir sobre qual legado queremos deixar e olhar com planejamento para o longo prazo. Foi muito importante para me ajudar no processo da perda do meu pai em 2023 e no amadurecimento das minhas expectativas sobre o envelhecer e sobre a minha jornada, tanto na vida pessoal como profissional”, afirma Carvalho Pinto.