O dólar à vista fechou em leve baixa ante o real nesta quarta-feira (11), pela quarta sessão consecutiva e novamente sob a influência do exterior, numa sessão em que a moeda norte-americana oscilou em margens estreitas, com investidores se resguardando antes do feriado prolongado no Brasil.
O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,0503 na venda, em baixa de 0,12%. Nas últimas quatro sessões, a moeda acumulou queda de 2,30%.
Na B3, às 17:20 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,26%, a R$ 5,0640.
No início do dia, o dólar engatou queda frente ao real, em sintonia com a baixa da moeda norte-americana ante divisas fortes e em relação a algumas moedas de exportadores de commodities e emergentes. Na cotação mínima da sessão, às 10h02, o dólar à vista marcou R$ 5,0290 (-0,54%).
A proximidade da quinta-feira de mercados fechados no Brasil, no entanto, trazia certa cautela aos negócios. Parte dos investidores dava preferência a posições compradas no mercado futuro (posicionadas na alta do dólar) para enfrentar o feriado prolongado.
Com isso, ainda pela manhã o dólar se reaproximou da estabilidade, oscilando entre altas e baixas. O movimento seguia em sintonia com o exterior, onde o índice do dólar também apresentava movimentos contidos ante uma cesta de seis moedas fortes.
Às 14h39, o dólar à vista marcou a cotação máxima de R$ 5,0713 (+0,20%), com investidores elevando as posições compradas antes da divulgação da ata do último encontro de política monetária do Federal Reserve, marcada para as 15h. Com a divulgação do documento, que pouco alterou o cenário, o dólar voltou a se aproximar da estabilidade no Brasil — novamente, em sintonia com o exterior.
Ainda que o dólar já tenha cedido para a faixa de R$ 5,05 em quatro dias, profissionais do mercado não descartam que a moeda possa atingir níveis mais baixos no curto prazo, a depender do futuro da política monetária nos EUA e dos desdobramentos econômicos do conflito entre Israel e Hamas.
“A questão estrutural de dólar é muito tranquila para o Brasil. O país espera superávit de US$ 80 bilhões de este ano. Há um fluxo de comércio vindo para o Brasil que é relevante”, pontuou Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master. “Se o exterior ajudar, o dólar pode vir para baixo sim.”
Durante a tarde, o Banco Central informou que o Brasil registrou fluxo cambial total positivo de US$ 5,546 bilhões em outubro até o dia 6 — período correspondente à semana passada. Pelo canal financeiro, houve entradas líquidas de US$ 2,016 bilhões e, pela via comercial, entradas de US$ 3,530 bilhões.
Pela manhã, o BC vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de dezembro.
Às 17:20 (de Brasília), o índice do dólar –que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas– caía 0,04%, a 105,720.