O dólar à vista fechou a segunda-feira (2) em alta firme no Brasil, com as cotações acompanhando o avanço generalizado da moeda no exterior após a divulgação de dados positivos da indústria norte-americana e com os Treasuries precificando juros elevados por mais tempo nos EUA.
O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,0675 na venda, em alta de 0,80%.
Na B3, às 17:28 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,45%, a R$ 5,0785.
A moeda norte-americana demonstrou força ante outras divisas globais desde cedo, o que também favoreceu o viés positivo no Brasil. Na cotação mínima da sessão, às 9h32, o dólar à vista marcou R$ 5,0364 (+0,18%). Depois disso, a moeda dos EUA escalou patamares mais altos.
O movimento ocorria em um ambiente de alta dos rendimentos dos Treasuries, após o Congresso dos EUA alcançar no sábado um acordo para financiamento do governo até 17 de novembro, evitando assim a paralisação parcial de serviços.
Números que saíram na manhã desta segunda-feira (2) nos EUA alimentaram o viés de alta para os rendimentos dos títulos norte-americanos.
O Instituto de Gestão do Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) informou que seu Índice de Gerente de Compras (PMI) industrial aumentou para 49,0 no mês passado, a leitura mais alta desde novembro de 2022, de 47,6 em agosto. Economistas consultados pela Reuters previam que o índice subiria para 47,7. Já o indicador de emprego nas fábricas da pesquisa subiu para 51,2 no mês passado, de 48,5 em agosto.
Os dados reforçaram a leitura de que, com a economia norte-americana mais forte, o Federal Reserve tende a manter os juros em patamares mais altos por mais tempo — o que tem favorecido a alta do dólar ante as demais divisas em sessões recentes.
No Brasil, o avanço fez o dólar à vista marcar a cotação máxima de R$ 5,0812 (+1,07%) às 13h04. Depois disso, a cotação se acomodou, com alguns agentes do mercado aproveitando os preços mais elevados para vender moeda. Ainda assim, a divisa dos EUA terminou a sessão com alta firme ante o real.
No exterior, o dólar também seguiu durante a tarde com ganhos firmes ante as moedas fortes e em relação às divisas de países exportadores de commodities e emergentes. Nenhuma das principais moedas globais subia em relação ao dólar.
Às 17:28 (de Brasília), o índice do dólar –que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas– subia 0,72%, a 107,010.