O Ibovespa opera em alta de 0,30% na abertura do pregão de hoje (26), a 113.162 pontos perto das 10h20, horário de Brasília. A valorização é motivada pela desaceleração da alta do IPCA-15 em outubro, divulgada pelo IBGE nesta manhã. No cenário internacional, agentes financeiros analisam uma série de dados dos Estados Unidos, incluindo o PIB do terceiro trimestre, enquanto permanecem na expectativa da decisão de política monetária do Federal Reserve na próxima semana.
O dólar recua 0,21% ante o real por volta das 10h20. A moeda era negociada a R$ 4,9908.
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, desacelerou ligeiramente a alta em outubro, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IPCA-15 avançou 0,21% neste mês, arrefecendo ante o avanço de 0,35% visto em setembro, e ficando praticamente em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,20%.
Com isso, o IPCA-15 passou a acumular nos 12 meses até outubro avanço de 5,05%, contra 5,00% no mês anterior e projeção de analistas de 5,04%.
Essa ainda é a leitura mais alta desde março (+5,36%), ficando acima do teto da meta para a inflação deste ano, que é de 3,25% com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos medida pelo IPCA.
De acordo com o IBGE, o resultado deste mês foi bastante influenciado pela alta nos preços das passagens aéreas, que dispararam 23,75% e tiveram o maior impacto individual no índice geral, de 0,16 ponto percentual.
Mercados internacionais
Nos Estados Unidos, a economia apresentou o maior crescimento em quase dois anos no terceiro trimestre, conforme salários mais altos em um mercado de trabalho apertado ajudaram a impulsionar os gastos dos consumidores, desafiando novamente alertas sobre uma possível recessão que persistem desde 2022.
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu a uma taxa anualizada de 4,9% no terceiro trimestre, maior alta desde o quarto trimestre de 2021, informou o escritório de análises econômicas do Departamento de Comércio em sua estimativa preliminar para o período. Economistas consultados pela Reuters previram que o PIB cresceria a uma taxa de 4,3%.
As estimativas variaram de 2,5% a 6,0%, um intervalo amplo que reflete o fato de que dados como pedidos de bens duráveis de setembro, saldo comercial e números dos estoques no atacado e no varejo terem sido publicados ao mesmo tempo que o relatório do PIB.
Na Ásia, as ações chinesas fecharam em ligeira alta, enquanto as ações de Hong Kong caíram, com o mercado lutando para se recuperar após as medidas das autoridades para impulsionar a recuperação em meio ao fraco sentimento dos investidores.
O Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 0,24%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em queda de 1,41%. Já na China continental, o índice Shanghai ganhou 0,48%; e no Japão, o índice Nikkei recuou 2,14%.
Na Europa, O Banco Central Europeu interrompeu a mais longa sequência de aumentos das taxas de juros em seus 25 anos de história nesta quinta-feira, afirmando que os dados mais recentes seguem apontando para uma inflação que lentamente se aproxima de sua meta de 2%.
O banco central dos 20 países que adotam o euro deixou a taxa básica de juros no nível recorde de 4,0%, reafirmando que o patamar atual dos custos dos empréstimos pode ser suficiente para controlar a inflação se for mantido “por tempo suficiente”.
O Stoxx 600 perdia 0,22%; na Alemanha, o DAX recuava 0,71%; o CAC 40 em queda de 0,08% na França; na Itália, o FTSE MIB sobe 0,26%; enquanto o FTSE 100 tem desvalorização de 0,33% no Reino Unido.
(Com Reuters)