Ibovespa cai com tensões no Oriente Médio, prévia do PIB e discurso do Fed

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Em um cenário de aversão ao risco, o Ibovespa iniciou as primeiras negociações desta sexta-feira (20) em queda. O mercado acionário acompanha os desdobramentos do conflito no Oriente Médio. Além disso, o discurso do presidente do Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, reforçou a necessidade de manter a política monetária. No Brasil, a prévia do Produto Interno Bruto (PIB) mostrou uma queda mais expressiva do que o esperado. Nesse contexto, o principal índice da Bolsa de Valores registrava uma redução de 0,32%, aos 113.917 pontos. Enquanto isso, o dólar estava em alta de 0,25%, negociado a R$ 5,06.

Apesar de um possível avanço nas negociações para a abertura de um corredor humanitário na Faixa de Gaza, pela fronteira do Egito, as tensões continuam a aumentar na região, com Israel realizando um ataque a um distrito do norte de Gaza nesta sexta-feira, dando às famílias locais apenas meia hora para evacuar. O ataque atingiu uma igreja cristã ortodoxa.

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Em meio ao conflito, que gera preocupações para o setor de petróleo, a Petrobras anunciou a redução no preço da gasolina. A empresa aumentará o preço médio de venda do diesel em 6,58% às distribuidoras a partir de sábado, ao mesmo tempo que reduzirá o valor da gasolina em 4,1%. A companhia explicou que o fim do período sazonal de alta demanda global por gasolina levou a uma maior disponibilidade e desvalorização do produto em relação ao petróleo, enquanto o diesel enfrenta uma demanda global contínua, com expectativa de alta sazonal, o que o valoriza em relação à commodity.

Nos Estados Unidos, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, indicou que a robustez da economia e do mercado de trabalho pode justificar condições financeiras mais rígidas para controlar a inflação, embora o aumento das taxas de juros do mercado possa diminuir a necessidade de ação do banco central. Powell manteve uma postura cautelosa em seus comentários, deixando em aberto a possibilidade de mais aumentos na taxa básica, devido à força inesperada da economia, mas também observando riscos emergentes e a necessidade de agir com prudência.

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No cenário doméstico, a atividade econômica do Brasil teve uma contração maior do que o esperado em agosto em comparação com o mês anterior, de acordo com o indicador do Banco Central, que é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). No entanto, houve um aumento em relação ao mesmo período de 2022. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou uma queda de 0,77% em agosto em relação a julho, ajustado sazonalmente. Essa leitura foi significativamente mais fraca do que a expectativa em pesquisas da Reuters, que previam uma queda de 0,30% no mês, representando uma queda acentuada em relação ao aumento de 0,42% observado em julho.