As importações de brinquedos e jogos atingiram US$ 449 milhões (R$ 2,3 bilhões) até setembro deste ano, registrando um aumento de 29% em relação ao mesmo período de 2022, de acordo com pesquisa realizada pela Vixtra, fintech de comércio exterior, com base em dados disponibilizados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Os videogames são os principais responsáveis por alavancar os números. A categoria registrou um crescimento de 72% e representa 53% do total de importações dos produtos analisados. Na visão de Leonardo Baltieri, co-CEO da Vixtra, o Dia das Crianças, comemorado na quinta-feira (12), é responsável por parte desse crescimento.
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“Importar jogos e brinquedos é uma maneira de oferecer preços mais competitivos. Como as importações levam mais tempo para chegar aos estoques, há todo um planejamento por parte dos comerciantes”, diz ele. “As encomendas são feitas com bastante antecedência.”
O público gamer é um dos consumidores mais fiéis e entusiasmados quando se trata de produtos relacionados ao nicho. “Vale destacar ainda que tivemos uma redução no imposto de games no ano de 2022, o que pode ter influenciado para o ocorrido.”
Os produtos vêm, de forma majoritária, da China. O país é o principal exportador dessas mercadorias para o Brasil, representando 86% do total importado nos primeiros nove meses de 2023. Com isso, em valores, esse crescimento representou US$ 98 milhões, mais de 99% dos US$ 102 milhões do crescimento registrado no período avaliado. O Vietnã vem logo em seguida com 3% e Malásia com 2%, completando o top 3 dos principais exportadores.
“A China apresenta uma competitividade enorme relacionada a custos e produção. E no setor de lazer, sobretudo com jogos e brinquedos, isso é ainda mais evidente”, afirma Baltieri. “Portanto, não chega a surpreender sua liderança nas exportações desses produtos. Por outro lado, as empresas locais também podem se beneficiar disso, uma vez que podem ter acesso a produtos em condições mais favoráveis e, assim, manter a competitividade de seus negócios”, diz.