O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou moderadamente na semana passada, enquanto as demissões diminuíram em setembro, indicando condições ainda apertadas no mercado de trabalho dos Estados Unidos.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 2 mil na semana encerrada em 30 de setembro, para 207 mil em dado com ajuste sazonal, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam 210 mil pedidos para a última semana.
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Os pedidos de auxílio podem aumentar este mês, já que a greve da United Auto Workers (UAW), agora em sua terceira semana, restringe as cadeias de oferta e força os fabricantes a demitir temporariamente mais trabalhadores não grevistas.
A Ford Motor, a General Motors e a Stellantis, empresa controladora da Chrysler, concederam licença e demitiram centenas de trabalhadores devido aos impactos da greve.
O mercado de trabalho está esfriando gradualmente, embora as condições continuem apertadas. O governo informou na terça-feira que havia 1,51 vaga de emprego para cada pessoa desempregada em agosto e que as vagas não preenchidas tiveram o maior aumento em dois anos.
Um relatório separado da empresa global de recolocação Challenger, Gray & Christmas mostrou nesta quinta-feira que as empresas norte-americanas anunciaram 47.457 cortes de pessoal em setembro, uma queda de 37% em relação a agosto.
No entanto, as demissões anunciadas foram 58% maiores em comparação com o mesmo período do ano passado. Os empregadores anunciaram 146.305 cortes de pessoal no terceiro trimestre, uma queda de 22% em relação ao trimestre de abril a junho.
Desde março de 2022, o Federal Reserve aumentou sua taxa de juros de referência em 525 pontos-base, para a faixa atual de 5,25% a 5,50%.
Os dados dos pedidos de auxílio não têm relação com o relatório de emprego de setembro que será divulgado na sexta-feira, já que estão fora do período da pesquisa.
De acordo com uma pesquisa da Reuters com economistas, a economia dos EUA deve ter aberto 170.000 vagas de emprego fora do setor agrícola no mês passado, depois de 187.000 em agosto. A previsão é de que a taxa de desemprego caia para 3,7%, de 3,8% em agosto.