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Cenários
O movimento dos mercados na segunda-feira (9) mostrou que o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, é muito mais importante para os investidores do que o que se passa no Oriente Médio. Como era de se esperar, o ataque da organização muçulmana extremista Hamas a alvos em Israel no sábado (7) levou a uma abertura tensa dos mercados na segunda-feira. O petróleo iniciou os negócios com uma alta de mais de 4%, e commodities “defensivas” como o ouro também tiveram altas de preço. No entanto, o fechamento dos negócios ocorreu com uma alta das ações em Wall Street.
O que se passou? Duas declarações quase simultâneas durante a tarde da segunda-feira alteraram a percepção dos investidores. Em uma delas, um representante do Hamas disse à rede de televisão Al-Jazeera que a organização está pronta para negociar com Israel. Isso foi interpretado pelo mercado como um sinal de fragilidade, um indicador de probabilidades menores de o conflito escalar.
Na outra, Philip Jefferson, vice-presidente do Federal Open Market Comittee (Fomc), o Copom americano, disse que que “estava atento” às taxas de juros elevadas, e que “manteria isso em mente quando fosse avaliar o futuro da política monetária.” No mesmo dia, Lorie Logan, presidente do Federal Reserve regional de Dallas, disse que a alta dos juros de mercado de longo prazo poderia ajudar os esforços do Fed para fazer a inflação, hoje ao redor de 4% ao ano, convergir para a meta de 2%.
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Perspectivas
Os comentários dos diretores do Fed reforçam as expectativas dos investidores de que o banco central americano poderá manter os juros estáveis na próxima reunião do Fomc, agendada para os dias 31 de outubro e 1º de novembro. Os mais otimistas esperam até uma decisão semelhante na última reunião deste ano, agendada para os dias 12 e 13 de dezembro. Se isso se confirmar, os juros permanecerão no patamar atual de 5,25% a 5,50% ao ano até o início de 2024, indicando fortemente que essa pode ser a “taxa terminal” – o teto dos juros americanos. Por isso, é grande a expectativa com a volta do funcionamento do mercado de títulos da dívida pública americana, que não funcionou na segunda-feira devido ao feriado do Dia de Colombo.
Indicadores
- Brasil
Sem indicadores relevantes
- Estados Unidos
Leilão de Notas de 3 anos do Tesouro americano
Esperado: ND
Anterior: 4,660%