A startup indiana de fabricação aeroespacial Agnikul Cosmos anunciou recentemente que arrecadou US$ 26,7 milhões (R$ 136 milhões) em uma rodada de financiamento da Série B. Com esse investimento adicional, a empresa já acumulou um total de US$ 40 milhões em financiamento ao longo de seus seis anos de existência.
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Fundada em 2017 e sediada em Chennai, Índia, a Agnikul fabrica foguetes para satélites com menos de 100 kg. Seu veículo, o Agnibaan SubOrbital Technological Demonstrator (SOrTeD), possui cinco configurações e integra componentes impressos em 3D. O capital vai financiar o desenvolvimento dos primeiros lançamentos comerciais da Agnikul, que deverá acontecer no fim de 2023, em sua plataforma privada localizada no Satish Dhawan Space Centre.
O investimento da Série B ocorre em um momento de crescimento da indústria espacial da Índia. Em agosto, a nave Chandrayaan-3 da Organização de Pesquisa Espacial Indiana pousou no polo Sul da Lua, tornando a Índia o primeiro país a alcançar essa região e o quarto país a pousar no satélite, após os Estados Unidos, a antiga URSS e a China. Meses antes, em abril, as autoridades indianas divulgaram a primeira política espacial nacional do país, delineando a participação do setor privado.
“A indústria espacial da Índia está em uma emocionante trajetória de crescimento”, disse Srinath Ravichandran, cofundador e CEO da Agnikul. “Com um ecossistema crescente de empresas públicas e privadas, aumento da colaboração internacional e um compromisso firme com a inovação, vejo o setor espacial da Índia contribuindo significativamente para a exploração espacial global, serviços de satélite e sustentabilidade ambiental.”
Startups de tecnologia espacial na Índia
O investimento da Agnikul é um dos muitos exemplos do crescimento do setor de tecnologia espacial na Índia. O país abriga 190 startups de spacetech registradas, segundo o Centro de Inovação do Governo da Índia.
Outras startups de spacetech indianas que receberam investimentos significativos nos últimos anos incluem a Pixxel, que levantou US$36 milhões em uma rodada de financiamento da Série B em junho, e a Skyroot Aerospace, que levantou US$51 milhões em setembro do ano passado.