O desempenho das ações de empresas de células de combustível de hidrogênio, de equipamentos relacionados a energias renováveis e de fornecimento de hidrogênio foi fraco neste ano. Na média, as cotações caíram aproximadamente 37%, ante uma alta de 18% do índice S&P 500 no mesmo período.
Embora a questão do hidrogênio tenha sido impulsionada pela urgência crescente em reduzir a dependência de combustíveis fósseis, alguns fatores têm prejudicado as cotações. Os juros americanos estão mais altos, em cerca de 5,33% ao ano, mais que o dobro do patamar do fim de 2022. Isso encareceu o financiamento de projetos de projetos de energia renovável e desencorajou investidores em setores considerados futuristas, como o de hidrogênio.
Como exemplo, as ações da Bloom Energy (BE), uma empresa fabricante de combustível de hidrogênio caíram 60% nos últimos três anos. Isso contrasta com a alta de 20% do S&P 500 nesse período.
-
Siga o canal da Forbes e de Forbes Money no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida
No entanto, a perspectiva é otimista. A empresa faturou US$ 400 milhões no terceiro trimestre, acima das expectativas de mercado. Espera-se que a demanda por seus servidores de energia aumente devido a contas de eletricidade mais elevadas, instabilidade na rede elétrica e restrições cada vez mais frequentes, apontando para um cenário favorável. Indicadores de queda na inflação e a possível baixa de juros no fim de 2024 vêm trazendo alguma confiança aos investidores.
Leia também:
- Brasil tem US$30 bi em projetos de hidrogênio de baixo carbono em estudo
- Esqueça o petróleo: hidrogênio “geológico” é a nova fronteira da energia
- A discreta aposta de Bill Gates no hidrogênio “geológico”
Entretanto, para além do desempenho da empresa, o hidrogênio desempenha um papel crucial na descarbonização de setores industriais e veículos pesados, além de ser considerado um meio de armazenamento de eletricidade renovável. Investidores devem observar melhorias na tecnologia do hidrogênio, que, embora promissora, ainda é cara e está sendo implementada em uma escala relativamente limitada, tornando-a menos competitiva em comparação com combustíveis fósseis.
Apesar dos desafios, o setor recebe incentivos governamentais, como créditos fiscais nos EUA, proporcionando US$ 3 por quilo de hidrogênio verde, produzido por métodos de energia renovável ou por meio de energia nuclear, com o crédito sendo reduzido para projetos que emitem carbono durante a produção de hidrogênio.