O Ibovespa opera em alta de 0,20% na abertura do pregão de hoje (14), a 120.657 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. O Brasil registrou queda no volume de serviços em setembro, e o setor terminou o terceiro trimestre frustrando as expectativas com o segundo recuo mensal. No exterior, a economia da zona do euro contraiu marginalmente no terceiro trimestre em relação aos três meses anteriores. As expectativas ficam em torno da divulgação dos dados de inflação dos EUA, que acontece ainda nesta manhã.
O dólar recua 0,13% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 4,9014.
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De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de serviços contraiu 0,3% em setembro na comparação com agosto e teve queda de 1,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Em agosto, o setor registrou retração de 1,3% e assim acumula uma perda de 1,6% nesses dois meses, eliminando parte do ganho de 2,2% do resultado somado de maio a julho, de acordo com o IBGE.
Os dados de setembro foram bem piores do que as expectativas de economistas em pesquisa da Reuters de altas de 0,3% na base mensal e de 0,5% na anual.
Com o resultado, o setor de serviços está 10,8% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e 2,6% abaixo do ponto mais alto da série histórica, registrado em dezembro de 2022.
No cenário corporativo, a Natura&Co teve lucro líquido de R$ 7 bilhões no terceiro trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 560 milhões sofrido um ano antes, impulsionada pela conclusão da venda da marca Aesop no período, segundo balanço publicado na noite de segunda-feira.
A companhia também anunciou um acordo vinculante para vender a rede de lojas de cosméticos The Body Shop por cerca de US$ 254 milhões para a Aurelius Investment. O pagamento deve ocorrer em cinco anos, afirmou a companhia em fato relevante.
A Caixa teve lucro líquido recorrente de R$ 3,2 bilhões no terceiro trimestre, alta de 16,5% sobre o resultado obtido no mesmo período do ano passado. A margem financeira somou R$ 14,5 bilhões no período, avanço anual de 15,7%, com a carteira de crédito total avançando 11,7%, para R$ 1,09 trilhão.
A CSN divulgou um lucro líquido de R$ 90,8 milhões para o terceiro trimestre, queda de cerca de 62% sobre o resultado obtido um ano antes e recuo ante os R$ 283 milhões do trimestre imediatamente anterior.
A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 2,8 bilhões, alta de 4% na comparação anual e avanço de 24% sobre o segundo trimestre.
Mercados internacionais
Nos Estados Unidos, a Secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, rebateu a decisão da Moody’s da semana passada de cortar a perspectiva para a dívida norte-americana, dizendo que a economia do país é forte e que o mercado de Treasuries é seguro e tem liquidez.
“Discordo dessa decisão”, disse ela em uma coletiva de imprensa no encerramento da Reunião de Ministros das Finanças da Apec em San Francisco, Califórnia.
Na sexta-feira, a agência de classificação de risco reduziu a perspectiva da nota de crédito dos EUA de “estável” para “negativa”, citando grandes déficits fiscais e um declínio na capacidade de pagamento da dívida.
Yellen reconheceu que o aumento nas taxas de juros de longo prazo criaria um desafio para a sustentabilidade da dívida, caso perdure.
Na Ásia, as ações da China tiveram dificuldades para encontrar uma direção nesta terça-feira, depois que dados de empréstimos de outubro indicaram uma demanda fraca por crédito, aumentando os sinais de que o processo de recuperação da segunda maior economia do mundo ainda é complicado.
Os bancos chineses concederam 738,4 bilhões de iuanes (US$ 101,3 bilhões) em novos empréstimos em outubro, abaixo dos 2,31 trilhões de iuanes em setembro, mas superando as expectativas de analistas.
O Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 0,17%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em queda de 0,50%. Já na China continental, o índice Shanghai ganhou 0,31%; e no Japão, o índice Nikkei avançou 0,34%.
Na Europa, a economia da zona do euro contraiu marginalmente no terceiro trimestre em relação aos três meses anteriores, segundo uma nova estimativa nesta terça-feira, reforçando as expectativas de uma recessão técnica se o quarto trimestre for igualmente fraco, embora o emprego tenha aumentado.
O escritório de estatísticas da União Europeia, Eurostat, confirmou sua estimativa de 31 de outubro de que o Produto Interno Bruto nos 20 países que compartilham o euro caiu 0,1% no período de julho a setembro em relação ao trimestre anterior, com um crescimento de 0,1% na base anual.
O vice-presidente do Banco Central Europeu, Luis de Guindos, disse na semana passada que a economia da zona do euro provavelmente sofrerá uma pequena contração ou, na melhor das hipóteses, ficará estagnada no quarto trimestre, depois que dados da atividade empresarial de outubro mostraram um enfraquecimento ainda maior da demanda no setor de serviços.
O Stoxx 600 ganhava 0,06%; na Alemanha, o DAX avançava 0,07%; o CAC 40 em queda alta 0,07% na França; na Itália, o FTSE MIB sobe 0,40%; enquanto o FTSE 100 tem desvalorização de 0,42% no Reino Unido.
(Com Reuters)