O Ibovespa opera perto da estabilidade, em queda de 0,11% na abertura do pregão de hoje (23), a 125.893 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. Os investidores ficaram levemente preocupados no fim do pregão de quarta-feira (22) com a perspectiva de que a equipe econômica fechará o ano com déficit primário de R$ 177,4 bilhões. No exterior, o Dia de Ação de Graças deixa o mercado dos Estados Unidos parado, enquanto a Europa repercute a ata da última reunião do BCE.
O dólar recuava 0,19% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 4,8925.
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No Brasil, participantes do mercado citaram algum desconforto com a projeção da equipe econômica de que o governo central fechará 2023 com déficit primário de R$ 177,4 bilhões, equivalente a 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB), resultado fiscal pior do que o previsto em setembro, embora continuasse pesando o alívio com a decisão recente do governo de manter a meta de rombo zero no ano que vem.
No cenário corporativo, o projeto de lei estadual que permite a privatização da Sabesp foi aprovado na quarta-feira em reunião conjunta de três comissões da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e agora irá ao plenário da Casa, onde tramita em regime de urgência.
Proposta pelo governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o projeto de privatização da companhia de água e saneamento básico paulista prevê a desestatização da empresa, maior do setor no Brasil, por meio da venda de parte das ações que o Estado detém na companhia.
O projeto de lei foi aprovado em reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação; Finanças, Orçamento e Planejamento, e Infraestrutura da Casa, segundo a Alesp.
Mercados internacionais
Nos Estados Unidos, a agenda está esvaziada em razão do feriado de Ação de Graças.
Na Ásia, as ações da China subiram nesta quinta-feira, com as incorporadoras imobiliárias liderando os ganhos em meio a notícias e expectativas de que Pequim aumentará o apoio para ajudar o setor em dificuldades.
As ações asiáticas ficaram estáveis, com os mercados mantendo seus ganhos na semana, à medida que cresce a confiança de que as taxas de juros globais cairão no próximo ano, enquanto os preços do petróleo recuaram devido às perspectivas de cortes de produção menores do que o esperado pela Opep+.
O Hang Seng, de Hong Kong, valorizou 0,99%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em queda de 0,01%. Já na China continental, o índice Shanghai ganhou 0,60%; e no Japão, o índice Nikkei avançou 0,29%.
Na Europa, a retração da atividade empresarial da zona do euro perdeu força em novembro, mas permaneceu generalizada, sugerindo que a economia do bloco vai contrair novamente neste trimestre já que os consumidores continuam a controlar seus gastos, segundo uma pesquisa.
No último trimestre, a economia caiu 0,1%, segundo dados oficiais, e o Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto de novembro, divulgado nesta quinta-feira, indicou que o bloco monetário de 20 países está a caminho de nova retração no quarto trimestre.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) alertou nesta quinta-feira que a crise orçamentária da Alemanha, que colocou em questão bilhões de euros em gastos planejados, pode prejudicar a economia europeia nos próximos anos.
“Se houver menos investimentos e gastos na Alemanha nos próximos anos porque há menos dinheiro disponível, isso inevitavelmente terá um impacto sobre a economia da UE”, disse à Reuters Robert Grundke, chefe do escritório da OCDE na Alemanha.
Como resultado, a Alemanha importaria menos bens intermediários e menos bens finais e serviços da União Europeia.
As autoridades de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) insistiram que um novo aumento das taxas de juros deve permanecer em jogo, mesmo que um novo aperto não seja seu cenário base, segundo a ata da reunião de 25 a 26 de outubro, divulgada nesta quinta-feira.
O banco manteve sua taxa de depósito em um nível recorde de 4% no mês passado, conforme o esperado, e desde a reunião seus membros defenderam a manutenção dos juros no futuro, alimentando expectativas de que o próximo passo da política monetária poderia ser um corte, talvez já em abril.
“A opinião é de que o Conselho do BCE deve estar pronto, com base em uma avaliação contínua, para novos aumentos da taxa de juros, se necessário, mesmo que isso não faça parte do cenário básico atual”, disse o BCE.
O Stoxx 600 ganhava 0,15%; na Alemanha, o DAX avançava 0,25%; o CAC 40 em alta de 0,24% na França; na Itália, o FTSE MIB sobe 0,08%; enquanto o FTSE 100 tem desvalorização de 0,08% no Reino Unido.
(Com Reuters)