Algumas empresas são máquinas de fazer CEOs. Elas têm um histórico consistente de preparação de pessoas para assumir o cargo. E essa é uma das principais razões pelas quais são desejadas por potenciais empregados, que enxergam uma maior probabilidade de ascenderem ao topo dessas organizações.
Quem lidera a lista é o grupo financeiro Goldman Sachs, com 3,65% dos ex-funcionários atualmente ocupando cargos de CEO. Na segunda posição está a multinacional de bens de consumo Procter & Gamble, com 3,52%, e, em terceiro lugar, o Morgan Stanley, também de serviços financeiros, com 3,05%.
Veja as 10 empresas que se destacam como máquinas de produzir CEOs
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Getty Images 1. Goldman Sachs – 3,65% dos CEOs
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Getty Images 2. P&G (Procter & Gamble) – 3,52% dos CEOs
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Getty Images 3. Morgan Stanley – 3,05% dos CEO
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Getty Images 4. Tenet Healthcare – 2,79% dos CEOs
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Getty Images 5. Community Health Systems – 2,55% dos CEOs
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Getty Images 6. Coca-Cola – 2,34% dos CEOs
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iStock 7. GE (General Electric) – 2,23% dos CEOs
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Getty Images 8. Cisco Systems – 2,21% dos CEOs
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Getty Images 9. New York Life Insurance – 2,14% dos CEOs
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Getty Images 10. Campbell Soup – 2,12% dos CEOs
1. Goldman Sachs – 3,65% dos CEOs
Para entender quais empresas produzem mais CEOs, a OnDeck, uma companhia que ajuda pequenas empresas a acessar financiamento online, conduziu um estudo usando dados do LinkedIn. Eles classificaram as empresas da Fortune 500 (as maiores companhias dos EUA por receita) que têm a maior porcentagem de funcionários que se tornaram CEOs.
Os setores que mais produzem CEOs
Das 25 principais empresas produtoras de CEOs, 10 operam no setor relacionado a serviços financeiros, o mais representativo na lista. A lista tem sete empresas que operam em um setor relacionado à tecnologia (Cisco, HP, Microsoft, Apple, Intel, Adobe e Oracle), embora todas, exceto a Cisco, estejam classificadas no final do ranking.
As companhias de bens de consumo ocupam três posições (Procter & Gamble, Coca-Cola e Campbell Soup) – e estão todas classificadas entre as 10 primeiras.
São quatro empresas do setor de saúde (Tenet Healthcare, Community Health Systems, Johnson & Johnson e HCA Healthcare).
“Uma tendência que notamos é que as empresas de saúde conquistaram os primeiros lugares entre as empresas da lista. Elas ficaram logo atrás dos grandes nomes que historicamente dominaram, o que pode ser um reflexo do crescimento contínuo da indústria”, observa o copresidente da OnDeck, Jim Granat.
Segundo Christine DeYoung, sócia-gerente da prática de crescimento comercial da consultoria global DHR, há uma semelhança entre as 25 principais empresas: todas têm a formação na sua base. “São empresas estruturadas para contratar os melhores talentos desde o nível inicial e geralmente possuem uma forte cultura de treinamento. Cada uma é líder na forma como recruta, aproveita a diversidade e outras iniciativas importantes para melhorar os resultados do negócio, e está disposta a investir nos seus colaboradores.”
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David Wiser, diretor administrativo da Wiser Partners, uma empresa de recrutamento de executivos, observou ainda que todas essas “fábricas de CEOs” se enquadram em apenas quatro setores – bens de consumo não duráveis, serviços financeiros, saúde e tecnologia. “São indústrias enormes e importantes para quase todos os consumidores. Isso sugere que o tamanho e a escala são importantes, provavelmente porque existem recursos – pessoas e dinheiro – para alavancar todos os produtos, vendas e ferramentas de marketing disponíveis.”
De acordo com Wiser, a maioria delas são companhias líderes de mercado e marcas fortes. Também são, em grande parte, empresas voltadas para o consumidor. “Ter uma base sólida conduz a uma liderança mais capaz no futuro.”
Um setor importante e que não aparece na lista é o de consultoria. “Empresas de consultoria que também são bastante focadas em estratégias mais amplas, como a Bain, que investe em talento e cultura, não estão na lista”, observa DeYoung, da DHR. Ela sugere uma explicação. “Eu esperaria que muitos de seus consultores talentosos fossem líderes fortes. No entanto, eles têm que deixar as empresas de consultoria e se tornarem líderes de nível médio (em outras empresas) para aprenderem como é a operacionalização da estratégia e seus muitos desafios, incluindo como liderar uma equipe e como ser responsável pelas consequências da implementação. Então eles poderão se tornar grandes líderes preparados para assumir responsabilidades mais seniores.”
“Algumas das pessoas mais inteligentes, estratégicas e analíticas que conheci vêm da Accenture, do BCG, Bain, McKinsey, mas mesmo elas admitiriam que sem experiência prática dentro do cliente, pode ser muito difícil a transição (para a liderança)”, diz Wiser.
“Poucos dos nossos clientes consideram alguém vindo de consultoria para o cargo de CEO, porque são grandes pensadores, mas não têm a experiência de ‘fazer’. Isso também sugere que provavelmente há uma série de consultores altamente qualificados e experientes que poderiam ser líderes seniores e CEOs de sucesso, se pudessem entrar no jogo. Suspeito que a maioria dos CEOs que ficaram algum tempo em consultoria passaram para o lado do cliente no início das suas carreiras”, diz Wiser.
*Kimberly A. Whitler é colaboradora sênior da Forbes USA. Ela é autora do livro “Positioning for Advantage” e professora de negócios na Universidade da Virginia, nos EUA. Com duas décadas de experiência de liderança e como CMO, hoje conduz pesquisas para ajudar o alto escalão a compreender e desenvolver as habilidades de marketing.
(Traduzido por Fernanda de Almeida)